"Ganhei este livro de amigo secreto, foi minha ultima leitura em 2012. Fechei com chave de ouro, trata-se de uma obra prima. Abaixo a resenha que mais se aproxima do que senti com este livro".
O resgate de tudo o que é singelo. A
luta pela felicidade em vida. A revolta por tudo aquilo que, embora
lógico, não faz sentido (e, ainda assim, é aceito!). A palavra que é
sentida pelo coração. Uma árvore, uma horta, uma amizade, a arte, Deus,
Inferno, milagres, morte – todos eles ganham uma nova (ou seria mais
honesta?!) dimensão em Ostra feliz não faz pérola, de Rubem Alves.
Dividido em onze capítulos temáticos (Caleidoscópio, Amor, Beleza, Crianças, Educação, Natureza, Política, Saúde Mental, Religião, Velhice e Morte), o livro é uma coleção de recortes que abordam o viver por diversos prismas.
Cada uma das partes, por sua vez, é composta por pequenos textos – fragmentos do próprio Alves, trechos e citações que o inspiraram, seja na literatura, na música ou de pessoas do cotidiano do autor.
A reflexão que nomeia a obra já nos dá um aperitivo da poesia disfarçada de prosa que compõem todo o livro e que nos delicia a cada página. A escrita, de forma delicada e sincera, é uma verdadeira conversa com todos os leitores. Prosa mineira, taciturna, que sempre percebe o que há de bom, de melhor, de lindo, sem abandonar as suas convicções.
E por falar em convicções, a leitura de Ostra feliz não faz pérola deve ser feita com o coração aberto. Aberto aos novos e distintos pontos de vista. As visões do Rubem Alves psicanalista, filósofo e teólogo se fundem, gerando conceitos educacionais e religiosos que se diferem daquilo que a maior parte das pessoas está acostumada. Se assim você o fizer, conseguirá pensar em como você mesmo vê o mundo e quais são suas opiniões sobre ele.
Posso afirmar que o livro é um primor que nos conduz a uma celebração da vida. Sem dúvida, uma obra digna de ser lida, relida, dessas que deixamos em nossa cabeceira, sempre à mão!
Livro: Ostra feliz não faz pérola
Autor: Rubem Alves
Páginas: 280
Editora: Planeta
Sinopse: O autor define seu livro: “Pessoas felizes não sentem
necessidade de criar. O ato criador, seja na ciência ou arte, surge
sempre de uma dor. Não é preciso que seja uma dor doída. Por vezes, a
dor aparece como aquela coceira que tem o nome de curiosidade. Este
livro está cheio de areias pontudas que me machucaram. Para me livrar da
dor, escrevi”.
Resenha de Fernanda Rodrigues, bacharela em Letras (Português e Inglês) e estudante do curso de Formação de Professores na USJT. Além de ser professora de Língua Inglesa, é louca por assuntos que envolvam a Literatura, as demais artes e o processo de ensino e aprendizagem. Escreve no Algumas Observações, no Escritos Humanos, no Teoria, Prática e Aprendizado e no Barbie Nerd.
Você encontra este texto no: Nosso Clube do Livro - http://nossocdl.blogspot.com/
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