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sábado, 30 de abril de 2011

O INJUSTO AMOR DE DEUS



Eu creio muito nisso...

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segunda-feira, 25 de abril de 2011

EXISTÊNCIA




Embora eu saiba que exista, vivo como se não existisse.

Se a existência me faz triste, o que dizer da inexistência?
Me abriria oportunidades para outras existências.

Mas você existe, e sua existência é uma dúvida,
Ora me faz feliz, ora me faz triste.

Vivo de lá pra cá e pergunto:
O que será desta minha existência?

As vezes penso que tudo se resolveria com a minha inexistência.

Mas só quando a sua existência se faz presente
E me machuca com a inexistência daquilo que em mim existe,
e existem em abundância.

domingo, 17 de abril de 2011

SEM NOME


Só você consegue me deixar deste jeito.
Assim, nem sei explicar, assim meio sem jeito.
Só você consegue me deixar sem fôlego, um pouco tonto,
Acho que até dá pra notar.

Você mudou meu ritmo, minha rima, meu rumo,
Conseguiu me fazer voar.
E eu vôo, procurando te encontrar, buscando seu olhar,
Tateando no ar, até seu coração tocar.

Só você consegue poesias inspirar.
Tento entender mas não dá.
Como você tão menino, de jeito inocente.
Conseguiu mesmo sem nenhum intento, minha vida mudar.
Colocou no lugar o que outrora um outro amor fez o favor de bagunçar.

sábado, 9 de abril de 2011

FELICIDADE, VIDA E MORTE


Eu não sei se serei feliz assim, mas também tenho dúvidas se serei feliz de qualquer outro jeito. Fato é que nem ao menos sabemos o que queremos da tal felicidade. Buscamos e buscamos sem jamais encontrá-la.

Nessas minhas divagações tiro algumas conclusões, precisamos é de um motivo pra viver, uma finalidade, seja ela qual for, tenha o nome que tiver: felicidade, amor, realização. Porém corremos atrás delas a vida toda, mas quem garante que no fim da vida olharei para trás e ficarei satisfeito por tê-la encontrado?

Traçamos um objetivo de vida, mas a finalidade dela é que vivamos, porque sem perceber, a cada dia que passa, estamos morrendo, e este é o ciclo natural de todas as coisas.

Pode parecer estranho ler isso, é algo que não gostamos de pensar, que o único momento em que vivemos de verdade, foi o instante entre o “dar a luz” e o “tapa do médico” porque a partir do primeiro choro, já iniciamos o processo de morte, lentamente, e ele já começa de forma dolorida.

Temos dentro de nós esse desejo por viver abundantemente, de aproveitar a vida e ter mais momentos felizes do que triste, mas a tristeza é inerente ao ser humano, pois também dentro dele, está acontecendo um processo de degradação, de morte – duas forças opostas, dentro de um único ser – a ânsia pela vida, pois vida de verdade não existe, já que estamos num processo natural de morte, é como dizer: não estou vivendo, estou morrendo!

Então quer dizer que não preciso correr atrás da felicidade? Não vale a pena buscá-la com todas as forças que tenho? Estou “correndo atrás do vento” como dizem? NÃO!

O fato é que projetar a felicidade para um futuro distante, condicionando-a a uma conquista pode retardar o processo de aproveitar a vida, pois o futuro pode não acontecer, e ai, você nunca saberá o que é felicidade.

O que quero dizer é, faça do hoje um dia feliz, aproveite cada momento, condicione a sua felicidade a coisas que já possui ou que possa extrair de momentos simples como: sorrir, divertir-se com sua família, trabalhar com paixão, contentar-se com seu corpo, sentir-se bem consigo mesmo, admirar as flores, o calor, o sol, a chuva e o perfume do vento. Faça coisas que te deixam feliz e satisfeito.

Seja feliz agora, pois a morte é mais ativa que a vida, ela está acontecendo no mesmo ritmo do relógio, e se você for esperar para viver apenas quando encontrar a felicidade, pode ser tarde demais.

Pense!

domingo, 3 de abril de 2011

NO LIXO


Eu estava ali há algum tempo, parado, branco, virgem. Ele estava ali, me olhando fixamente não fazia muito tempo. Percebia seus olhos piscarem lentamente. De repente ele lambeu os próprios lábios, tirou o lápis de trás da orelha e como quem ruma para uma batalha, veio em minha direção.

Tomou-me em suas mãos e começou a escrever. Sentia o lápis correr sobre mim, me senti vivo, completo. A força com que deslizava sobre mim era tão intensa, podia sentir o poder das palavras, sua ânsia em por pra fora todos os sentimentos outrora reprimidos. Elas descreviam o amor com tanta beleza e verdade, que podia senti-lo.

Em dado momento ele parou, seus olhos me fitaram com tanta profundidade, vi uma lágrima nascer, crescer e correr a sua face. Foi quando de súbito ele levantou, abriu a gaveta, pegou algo e começou a esfregar em mim, me forçando contra a mesa. Sua força era tamanha, quase uma violência, sentia como se algo estivesse sendo arrancado de mim, senti dores e tudo o que havia escrito não existia mais. Seus olhos estavam vermelhos, as lagrimas banhavam seu rosto, soluços, suspiros, respiração ofegante.

Foi quando senti suas mãos me pegando, uma dor profunda me tomou, ele me amassava, podia sentir a dor, o ódio era tão grande quanto o amor que havia colocado naquelas primeiras palavras. Ele caminhou, me apertava tanto que achei que não suportaria, senti que suava e tremia.

Quando dei por mim estava aqui, neste lugar escuro, junto com vários outros, que antes de mim foram tomados com paixão.

Pergunto: Onde estou?

Ouço uma voz, mas está tão escuro que não sei de onde vem, ela diz: No lixo!!