Podemos perceber na definição da palavra, que a inspiração no homem, não passa de um movimento mecânico pela qual o ar entra em nossos pulmões.
Mas como sempre quero discernir espiritualmente, e esse simples ato mecânico foi “inspirado” por Deus. A primeira inspiração foi acionada pelo Pai, quando soprou nas narinas de Adão o fôlego de vida.
“Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente” – Genesis 2:7
Mas inspirar também tem outro sentido, um sentido artístico (se é que posso me utilizar desta expressão), algo inexplicável que acontece de repente, e traz a existência o que não existia, ganhando forma e vida.
Através da inspiração divina o homem passou a ser “alma” vivente, e é senso comum que a alma é a responsável por nossas emoções, sentimentos, ânimo, vontades. Podemos entender que até a inspiração artística, seja ela qual for, também é divina, causada pela primeira – a que nos torna alma vivente – capaz de sentir, se motivar, pensar, criar, etc.
Componho desde os meus 19 anos, e para mim foi uma experiência espiritual - não o momento da composição - mas o momento anterior. Estava orando numa tarde e senti naquele dia Deus falando claramente ao meu coração, e após aquele momento na presença doce do Pai, eu compus. E desde então, essa inspiração surge em momentos diferentes: no ônibus, metro, no banho, no trabalho, até dormindo; mas poucas vezes durante um período de oração.
Será que por isso minhas músicas não são espirituais?
E é engraçado como alguns cristãos elevam a inspiração ao nível de “dom espiritual” ou a algo tão sobrenatural que as músicas de determinados artistas tornam-se verdadeiros mantras e se no culto aquela determinada canção não for executada, não foi culto.
Vi dias atrás no Pavablog um vídeo onde um bispo norte-americano, em um dos seus cultos, canta uma música não cristã para expressar seu amor por Jesus - achei bárbaro - pois as vezes me vejo cantarolando algumas músicas que não possuem uma conotação cristã explicita, não foi composta por cristão declarados (mas por pessoas que receberam a primeira inspiração) e essas músicas expressam claramente o sentimento da minha alma por Jesus naquele instante.
Vamos as músicas:
Velha Infância – Tribalistas (Arnaldo Antunes/ Carlinhos Brown / Marisa Monte)
Você é assim, um sonho pra mim, e quando eu não te vejo,
eu penso em você, desde o amanhecer, até quando eu me deito,
eu gosto de você, e gosto de ficar com você,
meu riso é tão feliz contigo, meu melhor amigo é o meu amor
E a gente canta, e a gente dança, e a gente não se cansa,
De ser criança, a gente brinca, na nossa velha infância
Seus olhos meu clarão, me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho, eu sigo e nunca me sinto só.
Versos Simples – Chimarruts (Cassiane Silva / Richardson Maia)
Sabe, já faz tempo que eu queria te falar, das coisas que trago no peito
Saudade, já não sei se é a palavra certa para usar, ainda lembro do seu jeito
Não te trago ouro , porque ele não entra no céu
E nenhuma riqueza deste mundo
Não te trago flores, porque elas secam e caem ao chão
Te trago os meus versos simples, mas que fiz de coração
Nós cristãos poderíamos ser objetivos em nossas declarações de amor ao Senhor Jesus...com versos e melodias simples, mas que falem ao coração.
"Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas." - Tito 1:15
Pense nisso e Deus abençoe!
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