Pages

quinta-feira, 24 de julho de 2014

ELAS SOBREVIVERAM

Longos 56 anos separam estas duas mulheres completamente diferentes, mas com uma historias de vida em comum. 

Helga Weiss, 8 anos, judia, residente na Tchecoslováquia e Immaculée Ilibagiza, 22 anos, africana da tribo tútsi, residente em Ruanda, Ambas sobreviveram ao massacre de seu povo: Helga, sobreviveu ao Holocausto nazista de 1938 à 1945 e Immaculée ao massacre ruandense ao povo tutsí em 1994.

Suas histórias estão contadas nos livros, "O Diário de Helga - o relato de uma menina sobre a vida em um campo de concentração" e "Sobrevivi para contar - O poder da fé me salvou de um massacre", e embora o tempo e as circunstancias sejam outras, os relatos possuem muita coisa em comum: 
  • Ambos os massacres, foram motivados por questões étnicas;
  • O inicio do massacre foi sutil, enganando um lado do povo, motivando-os a desprezar o outro lado;
  • Reduziu-se a auto-estima de um povo, até não terem mais forças para lutar;
  • Ficaram presas em cubículos de aproximadamente 1,20 metros;
  • Helga dividia um quarto com outras 21 mulheres. Immaculée dividiu um banheiro com outras 7 mulheres;
  • Immaculée ficou 3 meses sem tomar banho; Helga ficou aproximadamente 3 anos;
  • Helga em dado momento, deixou de se importar com seus cabelos e não se incomodava que tivesse a cabeça raspada. Immaculée ao ser liberta, gastou dinheiro para arrumar os cabelos. 
  • O desejo de liberdade causou inveja ao contemplar a natureza em ambas:
"Ser aquela lebre pu aquele esquilo, viver livre, respirar livre. Como estes animais são felizes" - Helga Weiss

"Quando a manhã clareou, aves começaram a cantar nos galhos das árvores do jardim, invejei-as e pensei: Vocês tiveram sorte em nascer pássaros e livres" - Immaculée
  • Helga escreveu o livro durante o holocausto, em forma de diário, a principio como coisa de criança e depois a pedido de seu pai, que solicitou registros inclusive em forma de desenho. Immaculée escreveu após a sua libertação, anos depois, pois ainda sofria com o que viveu.
  • Da família de Helga apenas ela e sua mãe sobreviveram, seu pai, provavelmente morreu na câmara de gás num campo de concentração, de Immaculée, apenas um dos irmãos sobreviveu pois estudava em outro pais quando se deu o massacre.
  • Helga se apegou a vida, e pensava que o que estava sofrendo não podia ser comparado a sofrimentos que outros podiam viver no mundo, Immaculée credita sua sobrevivência a fé em Deus.
Embora as historias sejam tristes, estas mulheres deixam um legado de perseverança, fé, resiliência e amor a vida.

Recomendo a leitura.

0 comentários:

Postar um comentário

Concorde, argumente, discorde. Expressar a opinião, está bem longe de ataques pessoais a quem você não conhece. Seja educado e seu comentário será ativado.