Há muito, iniciei uma pesquisa para alguns artigos no Blog. A série se chamaria "Discípulos Esquecidos" e trataria de pessoas que mudaram a historia do mundo, mas foram esquecidos pela igreja.
Esquecimento este por escolha do protagonista que via o ser usado por Deus sem levantar uma religião, algo mais benéfico à causa, por tratar-se de algo maior que um "nome", ou porque a igreja não os vê como discípulos, visto sua luta ser maior que o ideal que ela propõe. Tarefa nada fácil, tanto que com o decorrer do tempo, ficou esquecida. Porém um dos nomes mais marcantes dala nunca saiu da minha cabeça: Nelson Mandela.
Iniciei minha jornada para conhecer este ícone do nosso tempo através do livro "Os caminho de Mandela - Lições de vida, amor e coragem" e posterior a este "Conversas que tive comigo" em que ficam evidentes o ideal maior que movia Mandela.
Sua vida é marcada pelos ensinamentos do seu povo, raízes estas nunca deixadas por ele, mas também há muita influencia cristã, devido as escolas em que passou ligadas a tradição de igrejas Wesleyanas, e a alguns religiosos que fizeram parte de sua vida, primeiro o reverendo Matyolo e mais tarde o Arcebispo Desmond Tutu.
Nascido para ser príncipe de sua tribo, decidiu lutar pelos povos da África, doando sua vida pelo ideal de liberdade e igualdade para todos - UBUNTU - "Sou o que sou, pelo que nós somos".
Mandela, em meu ponto de vista, é e sempre será mais que um estadista, ou revolucionário, será uma estrela a apontar para o ideal cristão mais excelente, o amor.
Carteira de Membro da igreja Metodista, 1930
E a lição para nós cristãos em tudo isso, é esta, que a despeito da fé que professamos, e da placa que alimentamos, está o ideal que nos move, e que não é, e nunca foi a busca por uma outra pátria, mas sim, o estabelecimento do Reino, aqui e agora, para todos. Um reino, que é maior que comida e bebida, onde a justiça, a paz e a alegria seja para todos sem exceção, porque para Deus não há judeu, grego, servo ou livre, não há macho e nem fêmea, pois todos somos um em Cristo.
Perdemos mais que um homem, perdemos um herói, um pedaço vivo da história, espero que não percamos os seus ideais, seus valores, e a inspiração que o motivou durante todos os seus dias, e muto mais, durante os 27 anos em que esteve preso.
"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar."
Nelson Mandela - 1918 - 2013.
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