Janeiro, 27, Domingo, dezenove
horas e quatro minutos, os segundos, já passaram. E é assim que contamos o
tempo, dividindo-o em várias frações, frações estas que como na matemática, são
terríveis, angustia para nossa alma.
O passado que não passou, vive
nos torturando: Porque fiz isso ou porque deixei de fazer?
O futuro que não chegou e nem chegará,
nos tira o sono, deixa-nos preocupados, ansiosos, temerosos. O que será?
E o presente, este que não
aproveitamos. Porque será que se chama assim? Presente é pra curtir,
desembrulhar fazendo barulho, pra se divertir. Um presente novo é pra fazer
esquecer todos os outros já ganhados e não desejar mais nada, apenas que a
pilha não acabe.
O tempo marca que estamos
envelhecendo, mas não marca as marcas de tudo o que aprendemos, experimentamos
e vivemos. O tempo passa, mas não deixa passar as marcas que as tristezas da
vida nos deixaram. O tempo corre, o tempo voa, mas não como as panteras ou como
os pássaros, com beleza e maestria, ele corre e voa para nos lembrar de que não
há tempo.
Já diriam as crianças, tem hora
pra tudo, menos hora de brincar. Acabemos então com o tempo!
Viver sem tempo, é dedicar-se ao
agora, ao já, até que o sono chegue para fazer do amanhã, hoje - um novo
presente.
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