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domingo, 18 de dezembro de 2011

EU TIVE...

"Obras de arte são de uma solidão infinita (...)"
Rilke, em "Cartas a um jovem poeta”

Eu tinha que escrever e expor de alguma forma tudo o que sentia.
Tudo o que me consumia, sem me matar.
Eu tinha que sofrer, pois só assim você estava por perto.
Muito perto, na dor do meu peito.
Eu tinha que ficar só.
E chorar e lamentar a minha solidão e o desamor.
Eu tinha que passar pelo inverno, pelo dia frio, nublado e chuvoso.
É depois dele que a natureza renasce.
Tive que passar...
Para que este não-amor passasse.
Porque ninguém ama só.
Tive que passar...
Para que tudo isso ficasse no passado.
Mas presente como aprendizado, crescimento e mudanças.
Tive que passar...
Para que um novo amor chegasse.
Como sol da manhã e as flores da primavera

E agora...
Eu tenho que viver.
Me dá licença, o sol está brilhando e preciso aproveitar o dia.

2 comentários:

  1. O sol brilha todos os dias, uma pena que muitas vezes não estamos com olhos bem abertos para ve-lo, e com o corpo exposto para senti-lo, tenho passado por isso, tenho estado no frio congelante, e na tempestade que não cessa, mas quero muito , sentir calor novamente e dançar na chuva se preciso for, na esperança de um novo amor chegar como o sol da manhã e as flores da primavera! Parabéns, querido lindo seu texto!

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