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segunda-feira, 31 de maio de 2010

SOBRE A VIDA


Sou o que 30 anos fizeram de mim, ou Sou o que fiz durante 30 anos?


Essa é uma pergunta que grita em minha mente desde os 29 anos, engraçado como antecipamos as coisas. A Bíblia diz para não andarmos ansiosos por coisa alguma, viver um dia de cada vez, mas acho que o que passei durante os meus 29 anos, me preparou para encarar uma nova fase em minha vida, um novo momento. Como diz na música do poeta Renato Russo “e aos vinte e nove com o retorno de saturno decidi começar a viver”. Percebi que ter 30 anos é uma grande responsabilidade, mas não garanto que é o inicio verdadeiro da vida. Vivo e vivi intensamente cada dia, minha memória trás lembranças da tenra infância.

Durante a preparação da minha festa de 30 anos, procurei rituais de transição que pudessem mostrar a marca dos 30 anos na vida de alguém, e só encontrei uma, e ainda assim sem muitas explicações, mas fiquei muito feliz em descobrir O Ser que mudou sua vida aos 30 anos.

Meus 29 anos foram intensos, uma crise existencial e de identidade, valores e virtudes questionados, passar a odiar tudo o que amava e a amar algumas coisas que odiava, rever a vida, a profissão, os valores, a própria essência. Também passei a ser questionado: Porque mudar? Porque agora? Não é fácil. Pensei que ia surtar, pensei em desistir, em parar, literalmente jogar a toalha, achei mesmo que entraria em depressão. Parei com muita coisa e iniciei muitas outras, perdi amigos e conquistei vários outros. Coisas que não me importavam passaram a ter grande importância, situações familiares antes tiradas de letra, agora me causavam náuseas e baixavam meu desempenho profissional. Passei a questionar muito, muito mais do que já fazia, questionar com ferocidade, questionar a Deus, a Bíblia, a religião, aos homens e a mim mesmo e muito mais a mim, queria me redescobrir, me entender. Nunca fui de chorar e chorar, às vezes por nada, foi o que mais fiz com 29 anos, além de chorar por um amor não correspondido que doía tanto, que até sentia no corpo.

Mas contar tudo isso para quem? Indaguei amigos e familiares com pouco mais de 30 anos, disseram que a transição de 29 para 30 foi decisiva e de descobertas, mas nada parecido com o que eu estava atravessando, a ponto de não saber mais que eu era.

Mas em tudo isso, aprendi algumas coisas importantíssimas: Que uma crise existencial pode te fazer perceber habilidades que não possuía, ou ao menos não sabia que possuía – comecei a twittar meus pensamentos, meus anseios, desejos, alegrias e dores, e percebi o quanto sou poeta.

Transformei meus questionamentos num blog e percebi o quando posso ser ousado, controverso, decisivo e ter dedos afiados, assim como a língua. Aprendi também que não devemos colocar expectativas demasiadas nas pessoas, pois elas possuem a mesma capacidade que você de estragar tudo. Aprendi que fico mais bonito quando me amo, e como estou me amando, me aceitando, até fotogênico fiquei. Descobri tantas coisas a respeito de mim mesmo, mas muitas respostas que gostaria não encontrei ainda, e elas não me preocupam tanto como estavam preocupando há alguns dias. Aprendi que a vida é um grande aprendizado entre dores e alegrias, uma longa viagem com belas paisagens que precisam ser aproveitadas, que é vivida entre erros e acertos, e que muitas vezes lemos bons livros, isso é bom, amadurece e pouquíssimas vezes cometemos loucuras, cometer loucura é muito bom, rejuvenesce.

Mas o que isso tudo tem a ver com O Ser que mudou sua vida aos 30 anos?

Não sei! Como disse acima, a história dele não fala muito sobre o que aconteceu antes dos 30, se ele teve uma crise ou se sua transição foi tranqüila, mas a partir de, este homem revolucionou seu país com um novo modo de enxergar a vida, a religião e enxergar a Deus, ele andou totalmente contra a cultura dominante na época, pois dizia ser o “Filho de Deus”, fez coisas extraordinárias e mudou a história do Mundo.

Acredito que durante toda a sua vida tenha estado nesta crise, “quem sou”, “o que faço aqui”, ele queria “cuidar dos negócios do seu Pai”, mas devia “obediência aos pais terrenos”. Tinha essa ambição secreta dentro de si, mas que, estava reservada para um momento certo, uma hora especial, seus 30 anos.

Tento imaginar tamanha alegria quando no dia de seu batismo feito por João, creio eu que aos exatos 30 anos, Ele ouviu do céu, num trovão a frase: Este é o meu Filho amado, em quem me alegro. E após isso, saiu como era costume aos rabinos, iniciar seu ensino público e formação de discípulos.

Acredito que tudo o que aprendemos durante 30 anos, é totalmente questionado, para encontrarmos um local de equilíbrio dentro de nós, sabermos quem realmente somos e então, podermos compartilhar essa experiência de vida com os demais, mas o que realmente torna os 30 anos especiais é praticar tudo o que adquirimos e poder influenciar as pessoas, não com apenas palavras, mas com atitudes.

Disseram de Jesus: “Porque ensina como quem tem autoridade e não como os escribas”.

Os 30 anos são os anos de realização, onde deixamos de apenas observar os lírios do campo, as aves do céu, o semeador que saiu a semear, e passamos a praticar, pois encontramos o nosso lugar no Mundo.

Perguntas, nem todas serão respondidas, ainda temos um longo percurso e continuar aprendendo é uma virtude, mas vale o maior dos mandamentos e exemplos de Jesus, isto é, sua melhor resposta:

- Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Nisto Ele resume o que os 30 anos fizeram dele, e o que ele fez em 30 anos.



Mãos a obra, pratique isso!

domingo, 23 de maio de 2010

ERROS

"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" - Romanos 8:28.

Uma das coisas que eu mais gosto no Cristianismo, é o caráter verdadeiro que é dado à nossa humanidade, mostrando os erros daqueles considerados "santos".

O cristianismo é tão distante daquelas lindas imagens sacras que tentam colocar as pessoas como angelicais, intocáveis , inalcançáveis - "aleluia e glória a Deus" - por que até o Filho de Deus se fez homem, foi carpinteiro e pobre, e assim valorizou aquilo que somos e temos de bom.

Vemos durante toda a Biblia, desde o primeiro homicidio - Caim contra Abel - que Deus não nos poupou de revelar os erros cometidos por seu povo. Se fizermos uma lista deles, ficaremos horrorizados porque há, de mentiras à incestos, de pequenos delitos à atrocidades sem tamanho, coisas que fariam o programa do Datena ser um programa de classificação livre [acho que não exagero].

Não vou aqui defender uma vida de negligências e transviada, mas percebo claramente que os erros, fazem parte de um processo de reconhecimento da nossa humanidade.

O motivo pelo qual Eva comeu o fruto proibido, foi a vontade que tinha de ser igual a Deus, e nossos erros são uma forma de Deus nos mostrar que, não há como se igualar a Ele, somos humanos, e é assim que Ele quer que vivamos, como seres humanos, passíveis dos mais terriveis erros e enganos, mas sempre dependentes dele para atingirmos o alvo: Sermos sua imagem e semelhança.

Infelizmente muitas pessoas tentando se privar do erro, não se arriscam, não ousam, não se movem, não vivem e ainda prendem outros nesta mesma cadeia. Não quero dizer aqui que temos que errar deliberadamente pelo simples fato de aproveitar a vida, e sim, que precisamos viver e, SE errarmos tentando acertar, buscando melhorar e ser feliz, Deus tomará isso, e levará ao ponto de ter sido de alguma forma, abençoador para nossas vidas.

Como?

"Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos tempos tem chegado" - 1 Coríntios 10:11

Utilizando como forma de aprendizado, não somente para nós, mas para os que nos cercam. Deus é tão Soberano, que mesmo após nos avisar de maneira insistente, é capaz de sofrer nosso erro, nos ajudar a enxergá-lo, e além disso, curar as feridas causadas por ele e nos conduzir ao caminho certo.

O simples fato de enxergarmos nossos erros, e reconhecer que não somos melhores que os outros e que somos passíveis de cometer coisas absurdas, já nos faz melhores, é o que a Bíblia chama de arrependimento, e é um dos princípios básicos para que a presença de Deus esteja em nós, é reconhecermos que não somos "deuses".

O que cabe a nós homens, é voltar à nossa humanidade, e aproveitar essa jornada chamada vida da melhor maneira possível - acertando, errando - mas nunca parando, mas passo a passo prosseguir para o alvo e andando de acordo com o que já temos alcançado.


Pense nisso!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

ESTAMOS JUNTOS NISSO

Conversando com um amigo esta semana, tratavamos sobre as mudanças que a religião vem sofrendo, distanciando-a daquilo que acredito ser o propósito de Deus para ela. Não sou dono da verdade e nem tenho a pretensão de ser, mas o que vemos por ai, é um retrato claro da apostasia que viria nos últimos tempos: o amor de muitos se esfriando, o egoísmo, a ganância, e um amor próprio além das medidas invadindo o local de adoração - O CORAÇÃO DO HOMEM.
"O culto virou show, o pastor apresentador de talkshow, os cantores e instrumentistas se tornaram artistas, e a igreja - o povo - telespectadores" este é o Cristianismo de hoje, assim resumi o meu pensamento.
Estamos vivendo em um mundo de MATRIX, nosso deus é nosso ventre e trabalhamos para manter o mundinho gospel que criamos, enquanto isso no mundo real, milhões morrem a cada dia e dizemos: Precisamos de um avivamento espiritual. Precisamos sim, mas de vergonha na cara para reconhecer que estamos no caminho errado, vergonha para se converter e tomar novamente o caminho da cruz, da abnegação e cumprir nosso real chamado: O AMOR.
Onde está a esperança nisso tudo?
Deus têm seus remanecentes, aqueles que não se prostram diante do sistema imposto, mesmo que seja um sistema religioso poderoso e dominador.
Que eles resplandeçam como o sol em sua força, as escamas dos olhos caiam, os entendimentos sejam abertos e a Glória do Senhor encha novamente a terra, como as águas cobrem o mar.


sábado, 8 de maio de 2010

DÓI MUITO VIVER ESSA MORTE


O psicólogo americano Abraham Maslow em seus estudos concluiu que, o homem só é feliz quando todas as suas necessidades estão satisfeitas, sendo o cume disso a auto-realização, que traria a felicidade plena. Em sua pirâmide, Maslow classificou as necessidades em cinco escalas: fisiológicas, segurança, relacionamentos, estima e auto-realização; porém muitos cientistas consideram que se tratando de necessidades, não há uma hierarquia, cada individuo irá buscar prioritariamente aquilo que o satisfaz, uma pessoa pode estar auto-realizada e não ter suas necessidades fisiológicas satisfeitas.

Uma das coisas mais difíceis para o homem é deixar de satisfazer suas necessidades ou desejos, somos inspirados e algumas vezes até pressionados a isso, foi nessa armadilha que a serpente enganou a Eva, através da concupiscência.
A Bíblia diz que tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, dos olhos e a soberba da vida não procedem do Pai. Vemos nos ensinamentos de João Batista a respeito do arrependimento e depois de maneira mais contundente nos ensinamentos de Jesus, que para herdarmos o reino de Deus, precisamos negar a nós mesmos, e ainda que, para darmos frutos é necessário morrer. Ele não diz que precisamos deixar de satisfazer-nos, mas precisamos saber priorizar.

Pedro em sua primeira Epístola adverte aos cristãos a serem sóbrios [equilibrados, moderados, temperantes] e vigilantes, pois o Diabo anda ao nosso derredor, buscando a quem possa tragar. O que nos leva a crer que a falta de equilíbrio em relação à satisfação dos desejos, seja ele qual for, é uma porta para que ele tenha chance de nos acusar diante de Deus. Não é difícil entender isso, quando vemos Jesus pregar sobre a ansiosa solicitude da vida em Mateus 6:

“Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber, nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? Qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? E porque andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam (...) Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros.” – Mateus 6:25-30.

Mas a condição de equilíbrio em relação à satisfação de desejos e necessidades toma proporções maiores, ao ponto do desequilíbrio, quando Jesus afirma:

“Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á.” – Mateus 16:24-25

E ainda quando diz:

"Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto. Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna.” - João 12: 24-25.

Jesus pede para priorizarmos o seu Reino e não este mundo, pois assim alcançaremos vida nEle.

É difícil para um glutão, resistir o pedaço de torta de morango em meio a uma dieta, para o alcoólatra resistir ao primeiro copo, sem falar naqueles que sofrem com certos tipos de desejos que são tachados como pecados de morte ou abomináveis, como por exemplo, um homossexual resistir olhar para outro homem que passa, assim como é difícil para o heterossexual resistir olhar para a ninfeta, assim com é muito difícil uma mulher não ser compulsiva por compras.

A guerra interna de cada pessoa em relação às mesmas necessidades ou desejos possuem graus de intensidade completamente diferentes, a necessidade de um, nunca é igual a do outro, somos seres únicos. O que para mim é fácil, para meu vizinho é quase impossível.
Infelizmente os religiosos não conseguiram entender isso, que essa guerra é mais espiritual que temporal, pois lida diretamente com a salvação, e para tentar garantir ditam regras e mais regras como o apostolo Paulo explica em uma de suas cartas, dizendo:

“Por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves e não manuseies? As quais todas perecem pelo uso, segundo preceitos e doutrinas de homens. As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum contra a satisfação da carne.” – Colossenses 2:20-23.

Viver por regras pode ter muito valor para alguns, mas para outros, isto é, para a maioria, será apenas mais um peso além do fardo de não conseguir se abster da satisfação do desejo. E muitos acabam por sofrer ao ponto de depressão por causa da pressão psicológica e pela culpa.

Jesus pede apenas para abrirmos mão de nós mesmos, nos pede para morrer e DÓI MUITO VIVER ESSA MORTE.

Eu ainda não consegui deitar completamente em meu caixão, vou depender exclusivamente da graça que independe de obras, só assim serei plenamente feliz.

E você?

Pense nisso!

domingo, 2 de maio de 2010

DIVERSAS CONVERSÕES


Já me converti várias vezes. Fui católico nominal e virei presbiteriano-reformado-calvinista. Depois migrei e ganhei o título de assembleiano-pentecostal-clássico. Mas o processo nunca parou. Experimentei mudanças bruscas em minha crença sobre milagre: saltei das orações despretensiosas e formais para agonizar de joelhos e ter intervenções divinas que resolvessem problemas, meus e dos que me pedissem ajuda.

Na maturidade, houve outras mudanças em minha caminhada religiosa. Abandonei projetos grandiosos, “billygrahaminianos”, de impactar o mundo; perdi ideias românticas sobre a “verdadeira igreja”; desiludi-me com as afirmações absolutas da teologia sistemática que pretende catalogar de forma exaustiva o que se deve saber sobre Deus e o mundo vindouro; desencantei-me com as lógicas da espiritualidade engrenada de “causa e efeito”; fugi da beligerância dos apologetas da “reta doutrina”.

Alguns amigos, inquietos com a minha rota, questionam se não há retorno, se estou mesmo decidido a permanecer no processo de repensar a fé e a espiritualidade. Pelas marretadas que já levei, pelos companheiros que já perdi e pelas censuras que já sofri, confesso que fui tentado a reconsiderar. Entretanto, voltar atrás, neste caso, seria um retrocesso covarde. Tudo o que entusiasma pede para ser aprofundado, alongado, problematizado, nunca esvaziado.

Para apagar o que absorvi sobre a relação com Deus

Eu precisaria negar que a mais linda revelação do evangelho é o esvaziamento de Deus na encarnação;

Eu precisaria afirmar que as portentosas narrativas bíblicas de milagre são jornalísticas e que servem para convencer os incrédulos de que Deus é poderoso;

Eu precisaria insistir em dizer que as condições sub-humanas dos que vivem em monturos de lixo fazem parte de um um plano traçado por Deus antes da criação. Não consigo imaginar-me falando: “Deus é soberano e decidiu que eles viveriam assim; e os porquês da Providência, só saberemos na eternidade”.

Eu precisaria pregar que Deus está em controle de todas as coisas, inclusive do estuprador que matou a adolescente, do fornos crematórios de Auschwitz, das machadadas que dizimaram Ruanda e da estupidez de Pol Pot no Camboja, que executou dois milhões de inocentes.

Eu precisaria escrever revistas de escola dominical para mostrar que as crianças são perversas, mentirosas, verdadeiras víboras em gestação, e que elas devem se arrepender o quanto antes e “aceitar Jesus” para não terminarem prematuramente no inferno.

Eu precisaria ensinar que sem o credo confessional dos evangélicos bilhões arderão no enxofre e que Deus se sentirá feliz e vingado ao ouvir o choro e o ranger de dentes dos condenados por toda a eternidade.

Eu precisaria postar textos na internet sobre o “direito” do Oleiro matar os miseráveis no Haiti. Teria de insistir que somos barro sem autoridade de questionar os atos do Senhor. Precisaria teimar no “mistério insondável” de Deus escolher exatamente os mais pobres para derramar o cálice de sua ira; e que é meu dever arregaçar as mangas e amenizar o sofrimento dos que foram vítimas do ódio de Javé, sempre ofendido pelo pecado.

Como não consigo voltar a essas lógicas, só me resta prosseguir na compreensão de Deus com outras premissas. Através de Jesus, tento entender o Divino. Como o Deus invisível nunca se deixou ver por ninguém, tenho apenas o rosto, as palavras e os gestos de Jesus para intui-lo. Faço revisão teológica sem grandes pretensões, não intento formar nenhum movimento, quero tão somente ser honesto com minhas, só minhas, inquietações.

Sim, pretendo experimentar novas conversões. De passo em passo, alargar meus parcos conhecimentos e minhas estreitas convicções. Mas como o Divino é oceano mais imenso que a soma das galáxias, tenho muita transformação pela frente.

Ricardo Gondim

Via: PavaBlog