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sexta-feira, 4 de junho de 2010

SALMO DE DAVI


Senhor, por que me sinto tão confuso
A ponto de achar que te perdi
A ponto de achar que não posso mais te sentir.

Senhor, porque as respostas que preciso não chegam
Será que meus ouvidos estão atentos
Será que meus olhos podem ver
Será que meu coração é capaz de perceber.

Quando contemplo o nascer, o por do sol
Em meu corpo sinto o abraço do vento
Te sinto mesmo que por um momento.

Me encho de alegria, esperança e prazer
Mas logo os temores, as dores, no coração
As realidades da vida me puxam de volta ao chão.

Me comprimem, me deprimem,
Como se nada disso fosse real,
E as expressões da sua Majestade fossem algo banal

De ti vem a inspiração
E me dizem poesia barata,
Coisas sem sentido e manipulação.

De ti vem minha respiração,
Apesar de andar contra a maré,
Em pecados,
Às vezes sem fé.

Não posso negar que me sustenta
Não posso negar que me alimenta
Não posso negar,
Mas nego.

Nego porque não posso negar o que sinto,
Quero e desejo,
Nego porque não posso,
E o porquê?
Não sei.

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