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segunda-feira, 29 de julho de 2013

EPITÁFIO

Nunca fui escritor.
O que eu sentia era uma dor no peito.
Que escorria pelos braços
sempre que a caneta estava em minha mão.
Como rio correndo em direção ao mar.

E assim alimentava as mágoas.
Na hemorragia de sentimentos afogava a vida.
E me afogava.

Nunca fui poeta.
O que eu queria era um amor.

E eu o inventava,
O desenhava,
O descrevia,

Com o desejo brincava,
rimava.

Até que decidi ser eu mesmo.
Matando o escritor.
Esquecendo o poeta.
Vivendo,
Sentindo.
Amando.
Você.







1 comentários:

  1. Como sempre o meu príncipe é realmente um poeta e escrito sim, porque nos faz apaixonar pelo seu jeito de ser e pelas lindas palavras que escreve!

    S2

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