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segunda-feira, 8 de abril de 2013

CARTA AOS SÉRIOS


Caros leitores, após algum tempo de reflexão e observação de determinados fatos, decidi expor minha opinião a respeito de um dos principais conflitos desenvolvido em nossa sociedade, o conflito relacionado a religião e a homossexualidade.

Acredito que todos devem ser levados a sério, TODOS, independente de raça, sexualidade, gênero, classe social e afins, mas infelizmente, a maioria das pessoas não se preocupam em carregar e expor suas idéias junto a sabedoria e seriedade que as mesmas merecem.

No Brasil, o chamado Ativismo Evangélico tem incendiado muitas igrejas, vejo pessoas se levantando contra a chamada prática homossexual argumentando que os mesmo irão destruir o conceito de normalidade familiar, pervertendo nossa sociedade e alienando nossas crianças, vejo Pastores adjetivados como "de elite", esbravejando ufanicamente que estão sendo perseguidos, assim como os discípulos de Jesus, mas que não irão baixar a cabeça, seguirão para a Guerra Santa contra os escarneçedores, incentivando de maneira indireta a raiva, o preconceito e a valorização do ‘’sentir teleguiado’’ onde as emoções relacionadas a convivência junto ao diferente são condicionadas em massa, promovendo o chamado "comportamento de manada" em prol de uma causa, e que por sua vez, acaba cegando a racionalidade de muitos, e o que é pior, destruindo o conceito de fraternidade, aceitação e não julgamento, características essas apoiadas e incentivadas pelo filho de Deus.

Também me dirijo ao chamado Ativismo Gay, que desenvolveu uma verdadeira militância fiel e sem pudores, onde o protesto por uma causa muitas vezes, ultrapassa o caráter político esbarrando no conceito de inconveniência e baderna, onde muitos vão as chamadas ‘’Paradas Gays’’, não para defender ou comemorar seus direitos, vão apenas para admirar corpos semi-nus, desfilar suas novas fantasias, causar espanto e desaprovação da maioria desvalorizando símbolos religiosos entre outros atos que definitivamente não possuem caráter político algum.

Agora venho falar sobre os aqueles que estão em cima do muro, não gostam do esbravejamento malafaiano, afirmando que o mesmo serve apenas para promover o condicionamento das massas evangélicas, ao mesmo tempo, dizem que respeitam os homossexuais, que cada um vive da forma que quiser, que até possuem amigos gays, mais que acham errado a idéia do tão engasgado ‘’casamento gay’’ ou até mesmo do afeto em público, pois iria constranger a maioria.

Bem Senhoras e Senhores, como demonstrado acima, o Brasil pode ser considerado um país bem ‘’plural’’ no que diz respeito a ideologias (ou até mesmo, a falta delas), mas agora, me dirijo aos sérios, pessoas que se comprometem de fato com suas causas, aos Cristãos que desde pequenos aprenderam que o principal motivo da vinda de Cristo a terra não foi outro além da disseminação do amor incondicional. Aqueles que não se preocupam em aceitar, e sim em amar ao próximo, deixando o primeiro verbo para quem de fato tem autoridade para isso (se é que de fato ele se preocupa em aceitar ou não alguém também), também me dirijo aos homossexuais sérios e comprometidos com sua causa, que lutam pelos direitos de quem passou anos e anos sofrendo dentro do tal ‘’armário’’, tendo que conviver com toda sorte de ofensas e preconceitos, tendo que agüentar tudo isso de maneira calada e velada, onde muitos não resistiram e ceifaram a própria vida, vivendo relações escondidas e incompletas, sem possuir direitos que outrora deveriam caracterizados como de cunho geral, mas que privilegia apenas a maioria.

Quero afimar estes, a todos estes a qual eu classifico como sérios, que a comunhão de vocês não é impossível, se todos lutarem por uma única causa, onde a ‘’aceitação’’ ou ‘’respeito religioso’’ se desenvolveriam possuindo o amor como base, onde ambos cresceriam juntos, aprenderiam juntos e se respeitariam, sem se preocupar em impor suas idéias um sobre o outro, pois não existe respeito maior do que amar alguém.

Não adianta gastar milhões com alegorias, carros de som , fantasias cheias de plumas e afins, também não resolve-se nada patrocinar cruzadas religiosas, programas de TV, protestos ‘’hetero-cristãos’’ em prol da família enquanto uma mãe vê seu filho tirar a própria vida por ser gay ou lésbica, nos levando a pensar: De quem seria a culpa? Será que ao invés de alimentar uma guerra, ambos os lados poderiam se abraçar? Sem julgamentos, exclusões ou intolerância.

Talvez, se isso acontecesse, eu poderia assinar este texto livre de preocupações, pois

Sou Cristão, de família cristã tradicionalista

Sou Gay

Sou Sério.

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Recebi o texto de um amigo, assim pronto e só me autorizou postar sem o credito de autor.
HLS

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