Caros
leitores, após algum tempo de reflexão e observação de determinados fatos,
decidi expor minha opinião a respeito de um dos principais conflitos
desenvolvido em nossa sociedade, o conflito relacionado a religião e a
homossexualidade.
Acredito
que todos devem ser levados a sério, TODOS, independente de raça, sexualidade,
gênero, classe social e afins, mas infelizmente, a maioria das pessoas não se
preocupam em carregar e expor suas idéias junto a sabedoria e seriedade que as
mesmas merecem.
No
Brasil, o chamado Ativismo Evangélico tem incendiado muitas igrejas,
vejo pessoas se levantando contra a chamada prática homossexual argumentando que os mesmo irão destruir o conceito de normalidade familiar,
pervertendo nossa sociedade e alienando nossas crianças, vejo Pastores
adjetivados como "de elite", esbravejando ufanicamente que estão sendo
perseguidos, assim como os discípulos de Jesus, mas que não irão baixar a
cabeça, seguirão para a Guerra Santa contra os escarneçedores,
incentivando de maneira indireta a raiva, o preconceito e a valorização do
‘’sentir teleguiado’’ onde as emoções relacionadas a convivência junto ao
diferente são condicionadas em massa, promovendo o chamado "comportamento
de manada" em prol de uma causa, e que por sua vez, acaba cegando a
racionalidade de muitos, e o que é pior, destruindo o conceito de fraternidade,
aceitação e não julgamento, características essas apoiadas e incentivadas pelo
filho de Deus.
Também
me dirijo ao chamado Ativismo Gay, que desenvolveu uma verdadeira militância fiel e sem pudores, onde o protesto por uma causa muitas vezes,
ultrapassa o caráter político esbarrando no conceito de inconveniência e
baderna, onde muitos vão as chamadas ‘’Paradas Gays’’, não para defender ou
comemorar seus direitos, vão apenas para admirar corpos semi-nus, desfilar suas
novas fantasias, causar espanto e desaprovação da maioria desvalorizando
símbolos religiosos entre outros atos que definitivamente não possuem caráter
político algum.
Agora
venho falar sobre os aqueles que estão em cima do muro, não gostam do esbravejamento malafaiano, afirmando que o mesmo serve apenas para
promover o condicionamento das massas evangélicas, ao mesmo tempo, dizem que
respeitam os homossexuais, que cada um vive da forma que quiser, que até
possuem amigos gays, mais que acham errado a idéia do tão engasgado ‘’casamento
gay’’ ou até mesmo do afeto em público, pois iria constranger a maioria.
Bem
Senhoras e Senhores, como demonstrado acima, o Brasil pode ser considerado um
país bem ‘’plural’’ no que diz respeito a ideologias (ou até mesmo, a falta
delas), mas agora, me dirijo aos sérios, pessoas que se comprometem de fato com
suas causas, aos Cristãos que desde pequenos aprenderam que o principal motivo
da vinda de Cristo a terra não foi outro além da disseminação do amor
incondicional. Aqueles que não se preocupam em aceitar, e sim em amar
ao próximo, deixando o primeiro verbo para quem de fato tem autoridade para
isso (se é que de fato ele se preocupa em aceitar ou não alguém também), também
me dirijo aos homossexuais sérios e comprometidos com sua causa, que lutam
pelos direitos de quem passou anos e anos sofrendo dentro do tal ‘’armário’’,
tendo que conviver com toda sorte de ofensas e preconceitos, tendo que agüentar
tudo isso de maneira calada e velada, onde muitos não resistiram e ceifaram a
própria vida, vivendo relações escondidas e incompletas, sem possuir direitos
que outrora deveriam caracterizados como de cunho geral, mas que privilegia
apenas a maioria.
Quero
afimar estes, a todos estes a qual eu classifico como sérios, que a
comunhão de vocês não é impossível, se todos lutarem por uma única causa, onde
a ‘’aceitação’’ ou ‘’respeito religioso’’ se desenvolveriam possuindo o amor
como base, onde ambos cresceriam juntos, aprenderiam juntos e se respeitariam,
sem se preocupar em impor suas idéias um sobre o outro, pois não existe
respeito maior do que amar alguém.
Não
adianta gastar milhões com alegorias, carros de som , fantasias cheias de
plumas e afins, também não resolve-se nada patrocinar cruzadas religiosas,
programas de TV, protestos ‘’hetero-cristãos’’ em prol da família enquanto uma
mãe vê seu filho tirar a própria vida por ser gay ou lésbica, nos levando
a pensar: De quem seria a culpa? Será que ao invés de alimentar uma guerra,
ambos os lados poderiam se abraçar? Sem julgamentos, exclusões ou intolerância.
Talvez,
se isso acontecesse, eu poderia assinar este texto livre de preocupações, pois
Sou
Cristão, de família cristã tradicionalista
Sou
Gay
Sou
Sério.
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Recebi o texto de um amigo, assim pronto e só me autorizou postar sem o credito de autor.
HLS