“E se alguém acender a luz?”, com
esta pergunta Elienai Cabral Junior, nos leva a reflexões sobre como
reencantar-se com a fé, desiludindo-se com crenças.
Um titulo que nos remete a
quebra de paradigmas, a reforma, ao novo. Basta uma rápida olhada no índice e
você terá uma amostra do que te espera. Com capítulos intitulados de “Porque os
evangélicos são tão crentes, mas tão feios?” e “Só os preconceituosos herdarão
o reino de Deus” você pode esperar por um livro contundente, revolucionário, sensacionalista. Um tratado contra as loucuras evangélicas atuais.
Alguns desavisados poderão julgar o livro pela capa e achar que para se ter um fé renovada, para se reencantar com a fé como propõe o autor, seja necessário jogar fora “tudo” o que já se tenha aprendido, e ainda mais, ter todas as crenças primarias como mera ilusão. Já ouvimos este discurso dias atrás, no inicio do movimento G12 no Brasil. E o que aconteceu? NADA! Acredito que aprofundamos o abismo de heresias em nosso meio.
Mas o livro é mais que isso, alias não é nada disso...
Alguns desavisados poderão julgar o livro pela capa e achar que para se ter um fé renovada, para se reencantar com a fé como propõe o autor, seja necessário jogar fora “tudo” o que já se tenha aprendido, e ainda mais, ter todas as crenças primarias como mera ilusão. Já ouvimos este discurso dias atrás, no inicio do movimento G12 no Brasil. E o que aconteceu? NADA! Acredito que aprofundamos o abismo de heresias em nosso meio.
Mas o livro é mais que isso, alias não é nada disso...
Nas primeiras páginas, me
imaginei lendo uma dissertação de mestrado. Palavras e termos difíceis para o
cristão médio. Cita-se pensadores e elucidam-se argumentos. Mas o que toma
conta do livro é a poesia, nas palavras de Fernando Pessoa, Adélia Prado e
Drummond. Músicos como Chico Buarque, Lenine
e Gilberto Gil fazem parte do que chamo de uma escrita simples, poética e
apaixonada. Concordar com o que se diz, é o mínimo que se pode fazer.
Um capitulo emocionou-me
sobremaneira “Meu pentecostalismo Revisitado” acredito ser este o mais
biográfico do livro: o chamado pastoral ainda na infância, a expulsão do seminário,
as experiências de quem conhece os bastidores do poder evangélico, decepcionante, sim, mas ajudaram-no a escolher o caminho a ser
trilhado.
Assim, Elienai elucida o motivo
da existência deste livro, que, acredite, passa longe de ser um livro revolucionário,
no sentido de apenas confrontar os dogmas, doutrinas, e modo de vida evangélico do momento, e trazer uma nova revelação; também passa longe de ser sensacionalista, aproveitando o momento, para "chutar cachorro morto". O livro é muito mais que isso.
É contundente e revolucionário, por trata-se de um chamado àquilo vemos em Cristo, um chamado ao que é belo, simples e humano, e por isso divino.
É um holofote clareando o interior e revelando a busca por uma espiritualidade sadia.
É contundente e revolucionário, por trata-se de um chamado àquilo vemos em Cristo, um chamado ao que é belo, simples e humano, e por isso divino.
É um holofote clareando o interior e revelando a busca por uma espiritualidade sadia.
E se alguém acender a Luz?
Desiludir-se com crenças, reencantar-se com a fé.
Doxa e Fonte Editorial
181 páginas
Desiludir-se com crenças, reencantar-se com a fé.
Doxa e Fonte Editorial
181 páginas