Gostaria que alguém fosse capaz
de explicar o porquê os religiosos tem a capacidade de nos fazer sentir
deslocados, indignos, rejeitados, não aceitos por Deus. Se você já esteve ao
lado de alguém extremamente religioso, deve saber do que estou falando.
Se dermos uma olhada cuidadosa na
Bíblia, veremos que as pessoas com as quais Deus se relacionou intimamente eram
pessoas consideradas marginalizadas, àquelas as quais a sociedade considerava
como a escória, a ralé do povo, para as quais ninguém olhava.
Essas pessoas viviam suas vidas, tinham
seus trabalhos, seus fracassos, seus problemas, tinham seus pecados, mas também
tinham seus sonhos, anseios e valores, e apesar de tudo, tinham um coração. E é isso que Deus avalia quando se
aproxima de um ser humano, a capacidade oculta que ele tem de dar certo, de ser
a imagem do próprio Deus na terra e de fazer o bem.
Infelizmente é isso que o
religioso mais abomina. Eles não entendem que para Deus não importa a aparência
ou o discurso, o que importa é a essência, o que vai dentro do coração – Deus não vê como o homem vê, o homem vê a
aparência, mas Deus sonda o coração | 1 Samuel 16:7 - E por isso está escrito, Deus
chamou as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias, as que não são
para confundir as que são.
Somente quando os religiosos,
começarem a observar o que realmente importa para Deus, quando passarem a olhar
para a causa do pobre, do órfão, da viúva. Quando buscarem a justiça para o
marginalizado, abrigando-o, visitando na cadeia, alimentando-o, saciando-o e
vestindo-o, os povos verão a glória dos verdadeiros filhos de Deus, porque está
escrito: “Por que quando fizestes a um destes pequeninos, fizestes a mim”. E a
verdadeira religião, imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: visitar o órfão
e a viúva em suas aflições e guardar-se incontaminado do mundo, conforme
escrito pelo Apóstolo Tiago.
E nós, simples mortais, o que
fazemos?
Não queremos a hipocrisia do
religioso, a falsidade do seu discurso, a brancura de sua aparência e nem mesmo
a escuridão da sua alma, e então, esperamos e fingimos não fazer o mesmo.
Esperamos do governo, esperamos
do outro, esperamos do “verdadeiro” religioso e santo, dos Luther Kings,
Gandhis e das Madres Teresas. E continuaremos esperando, pois a
responsabilidade foi dada a cada individuo, “ame ao seu próximo como a si
mesmo”...porque é bem verdade que se cada um fizer o que diz respeito a si e
aos que o cercam, logo todo o mundo será atingido.
Como cantou o poeta brasileiro:
Nos perdemos entre monstros da
nossa própria criação.
Serão noite inteiras talvez por
medo da escuridão.
Ficaremos acordados imaginando
alguma solução.
Para que nosso egoísmo não
destrua nossos corações.
Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em vão?
Será que vamos conseguir vencer?
A maior condenação a que estamos sujeitos no
futuro será por omissão, pois meios para se fazer muitas coisas lindas e
impossíveis existem." (Amyr Klink)
Seja a mudança que você quer no mundo!
Seja a mudança que você quer no mundo!
Mahatma Gandhi.
As vezes não sei se a fé é tudo isso, mas concordo com seu texto.
ResponderExcluirbjs meus
Catita
Excelente texto!
ResponderExcluirNa verdade, a única classe que Cristo evitou conviver foram com os religiosos. Turminha cruel e hipócrita, desde os tempos antigos.
Abração!!
Júlio Koenigkam