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domingo, 30 de outubro de 2011

SEM PALAVRAS

É um amor tão tranqüilo que às vezes penso que não é.
Mas é só ficar perto de você, que a dúvida passa.

Nossos encontros são poesias que ninguém lê.
Não necessitamos palavras.
Todo meu corpo fala quando te vê.

E nos meus olhos pode ler.
Aquilo que em voz alta não consigo dizer.

Então me conquiste.
Até eu não ter mais forças.
E desista de resistir.

E com um grito.
Coloque pra fora o meu coração.

Ainda pulsando.
E dizendo baixinho o que você precisa ouvir.

E que só consigo dizer.
Sem palavras.
Olhado pra você.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O MILAGRE DAS AURORAS

Era uma vez um Céu escuro,sem nuvens,sem estrelas,sem lua,muito menos sol. Tudo era apenas coberto pelo mais profundo azul escuro. Às vezes, neste Céu, corriam alguns cometas, que cruzavam imponentes todo aquele grande espaço negro. Faziam barulho, brilhavam forte, promovendo grandes explosões.

Enquato o Céu a pensava consigo mesmo:
_Será algum destes belos cometas, aquele que me tornará mais colorido? Será algum deles, aquele que me fará companhia durante a ausência de meus dias, e noites?

Mas, os cometas corriam depressa, percorrendo todo aquele grande pálio escuro e vazio, causando grande impacto, realmente chamando atenção, mas nunca ficavam, nunca esperavam, sempre buscando alimentar sua sede de mostrar seu brilho em todos os cantos do céu e da terra, vivendo para enriquecer seus egos, suas vaidades, precisavam apenas do fundo negro daquele firmamento escuro para realçar seu próprio brilho.

O Céu, por sua vez, vendo que era considerado apenas um cenário para tal espetáculo, escureceu mais ainda, tornando-se recluso, fazendo chover seu lamento sobre toda a terra.

E ao chegar o inverno, mais uma vez o triste Céu iniciou seu trabalho:
Fez chover...Fez nevar...Fez escurecer...Nenhum cometa atravessou o Céu naquele dia de inverno.

Mas, o Pai Universo, aquele que reinava sobre o Céu, a Terra e todos os astros, havia reservado algo para aquele céu tão triste.

Enquanto seu lamento caia sobre o solo, quando aquele solitário firmamento começou a se acostumar junto a sua aparente interminável solidão, algo aconteceu.

Uma pequena luz brotou em seu corpo. O Céu achou que era apenas mais algum cometa vaidoso, desejando realçar seu brilho. Mas, aquela luz, era diferente, era calma, não se assemelhava ao clarão causado pelas labaredas dos astros corredores. Era tranqüila. Transmitia paz.

E o Céu, admirado junto a aquela luz que aos poucos, tomava espaço em seu corpo, se perguntava em secreto o que seria aquele fenômeno que lhe transmitia tanta esperança.

Luzes de diversas formas tomaram todo espaço, dançavam calmamente, sem a pressa e a vaidade dos cometas, criando diversas cores, diversos tons, produzindo um belo espetáculo, acalmando a infelicidade daquele ser outrora solitário.

Pela primeira vez, o triste Céu sorriu.

E em seu sorriso, diversas estrelas surgiram, formando uma enorme constelação, que também passou a fazer parte daquela inesperada festa.

O Céu estava feliz, plenamente feliz, pois agora, havia passado a amar aquelas luzes dançantes e coloridas, e delas, havia recebido importância que o mesmo nunca havia experimentado.

E as "Luzes do Inverno" foram chamadas de "Auroras", que tinha por significado: "O Romper de um novo Dia".

E assim...o Céu passou a amanhecer e também a anoitecer.

Mas as Auroras, elas sim, o fizeram VIVER.

E toda noite, o firmamento cedia espaço para aquela grande festa, onde a lua, o sol, as estrelas, e as Auroras brincavam e dançavam , iluminando toda a terra.

E aquele humano, aquele que observou em secreto toda a solidão do firmamento durante tanto tempo, durante tantas gerações, aquele que o Céu, durante anos, sem saber, envolveu em suas trevas

Deixou amanhecer sua alma

Encontrou seu caminho para casa...

Por Henrique Ladin no Blog O FAROL

domingo, 16 de outubro de 2011

EMMANUEL




Emmnauel - Hillsong Australia
Darlene Zschech

Emmanuel, nosso Deus está conosco
Principe da Paz, Poderoso,
O Deus vivo.

domingo, 9 de outubro de 2011

JOVEM GAY TORTURADO


Publicado originalmente por Opera Mundi.

Mãos queimadas e depois congeladas. Pequenas agulhas sendo enfiadas embaixo das unhas. Sessões de eletrochoque. Tudo isso enquanto um vídeo exibia cenas de sexo explícito entre homens.

Samuel Brinton tinha apenas 12 anos quando foi submetido a uma sessão de ‘cura’ numa igreja batista norte-americana após ter contado ao pai, um pastor do interior do estado de Iowa, que sentia atração pelo melhor amigo. Ele não fazia ideia de que não devia se sentir atraído por outros meninos.

O jovem, hoje com 23 anos e estudando engenharia nuclear no conceituado MIT (Massachussets Institute of Technology), contou sua história em uma série de entrevistas sobre a realidade de gays, lésbicas e transsexuais nos EUA, que já foi visto dezenas de milhares de vezes na internet.

Em seu perfil no twitter, Brinton diz que quer usar o seu exemplo para que outras pessoas possam ter uma escolha que ele não teve.

No vídeo, ele conta que apanhou tantas vezes do pai e com tamanha violência que chegou a ser levado diversas vezes à emergências de hospitais, onde dizia que havia “caído da escada”.

A tortura no ritual da igreja batista não era apenas física. Seus pais chegaram a dizer ao menino que ele tinha Aids e que era o último gay dos EUA, uma vez que o governo teria exterminado todos os outros.

Depois de meses de tortura, ele disse ter considerado o suicídio, subindo no telhado da casa onde morava. Sua mãe, que também apoiava a tentativa de “conversão”, tentou dissuadi-lo dizendo: “Eu vou te amar de novo, mas só se você mudar”.

Brinton acabou descendo do telhado e convenceu os pais de que havia “mudado” até sair de casa para ir à faculdade. Quando resolveu assumir sua orientação sexual e voltar para casa, encontrou suas coisas todas na rua. O pai ameaçou matá-lo se ele tentasse contato novamente.

“Na última vez, ele disse que atiraria em mim se eu tentasse entrar em casa de novo”.

*Com informações do Daily Mail e do Huffington Post

AQUI você assiste ao video, onde o próprio Samuel relata as torturas (Legenda em Português).

Via: Pavablog

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

BRINCANDO DE POETA

Minhas palavras me descobrem.
Mesmo quando tento me esconder.
Uma a uma gritam pelo telhado.
Querem mostrar o que não se vê.

Em minhas páginas me disfarço.
Nelas me oculto, me desfaço.
Na esferográfica vida.
Com novas cores me refaço.

E diante dos teus olhos.
Que me olham sem me ver.
Entre rimas e palavras.
Brinco de me esconder.

E aos olhos de quem me ama.
Fica fácil perceber.
Que brinco de poeta.
Nos meus olhos dá pra ler.