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domingo, 28 de fevereiro de 2010

UM AMOR QUE DÓI


Imagine a seguinte cena:


Você recém casado, chegando a sua casa depois de um longo e cansativo dia de trabalho, com flores e uma caixa de bombom. Abre a porta de mansinho para fazer uma surpresa e, ao entrar em casa, não ouve um ruído. Grita: Querida!? E não tem resposta. Sobe ao quarto e se depara com os armários e gavetas abertos e vazios, no espelho um pequeno pedaço de papel escrito: Tive medo, e fugi!

Qual o sentimento que inundaria o seu coração?
Quais seriam suas atitudes diante de uma situação como essa?

Creio que muitos pensariam em suicídio; entrariam em depressão; quebrariam a casa toda perguntado: o que fiz de errado? Ou ainda: o que fiz para merecer isso? Muitos entrariam num ciclo de vícios: álcool, cigarro, drogas, até entrar num poço sem fundo de autocomiseração.

Essa situação é muito comum em relacionamentos humanos, mas também foi um dia terrível que marcou a história da humanidade, lá no principio, no Jardim do Éden.

A Bíblia relata que Deus sempre visitava Adão e Eva durante a tarde, na viração do dia, e ao chegar numa dessas tardes, não os encontrou, e chamou o Senhor: Onde estás? E obteve como resposta? Tive medo e me escondi. E a partir daí o homem passou a fugir de Deus, as escrituras dizem que ele foi se afastando para o leste do jardim que Deus havia preparado e gostava de estar.

Diferente da maioria de nós, Deus não se sentiu rejeitado até a morte, e mesmo com o seu amor ferido preparou-se para uma busca incansável para restaurar seu relacionamento com os homens, e estes sempre respondendo: Tive medo, e fugi! e afastavam-se para o leste.

Podemos perceber mesmo que obscuramente nas escrituras o clamor de Deus, as lágrimas, a dor deste amor por sua mais excelente criação, aos quais chamou de filhos.

Deus clamou por várias vezes: Onde estás? e de muitas outras maneiras pelo pais e profetas, porém, todas elas pareciam não dar resultado e Ele em sua ultima jogada, não podia errar. Fez-se homem, veio clamar, sentir a dor, veio amar mais de perto, e isso foi tão intenso que culminou no maior ato de amor que alguém pode ter – dar a sua própria vida.

Nós como homens sabemos o quando é difícil suportar a dor de um amor não correspondido ou a dor da rejeição, e fazemos de tudo para nos livrarmos dele.

Deus têm sentido esse amor que dói por longos anos, e o alvo dele: eu e você,
E ao contrário de nós, esse amor O impulsiona a amar mais, a desejar mais, e a fazer loucuras de amor.
E o que há de mais louco e importante nesta história toda, é o que chamamos de "Evangelho ou Boas Notícias": Ele não desistiu, e não desistira, até que te traga de volta para casa.

Pense nisso.
Referencias: Genesis 3:9; Genesis 4:16; João 15:13; Hebreus 1:1.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

SEXO, DROGAS E ROCK'N ROLL


Acho engraçado algumas associações feitas a certas culturas, sem o mínimo de conhecimento profundo sobre o tema: sexo, drogas e rock'roll - é a mais comum, como se, sem um, o outro não existisse. Podemos enumerar algumas outras como: Todo político é corrupto; Todo pastor é ladrão, etc - e assim, nessa associação, deixamos de experimentar algo novo e verdadeiro.

Religiosos, adoram esse tipo de associação, pois com elas conseguem manipular não só a mente, mas as atitudes, privando-nos de viver em liberdade. E quem se atreve a viver sem esse tipo de associação maligna, além de quebrar paradigmas, experimentam coisas extraordinárias.

Os sacerdotes, escribas e farizeus, esperavam que o Messias libertasse Israel do dominio Romano, através de revolução e poder armado, eles não discerniram o que os Salmos e Profetas diziam do Cristo, e não foram capazes de experimentar o tempo da visitação, reconhecendo o tão esperado Messias - que libertou os TODOS os homens pela revolução do AMOR e da GRAÇA.

Esse tipo de associação não fundamentada é totalmente perigosa, eles diziam que João Batista não era profeta, porque "não comia e nem bebia"; diziam que Jesus não era o Cristo, porque era "comilão, beberrão e amigo de pecadores"; acreditavam que os milagres que Jesus operava, eram realizados pelo poder de belzebu; não criam no apostolado, porque eram homens pobres e iletrados; e assim impediam muitos de serem conduzidos a presença de Deus.

A vida de Jesus foi uma constante quebra de paradigmas religiosos, para mostrar que, longe de associações legalistas e aprisionadoras, existe uma maneira mais simples e prazerosa de viver: a maneira de Deus - vivendo na caminhada do amor.

Observar o nascer ou o pôr do sol, ouvir o canto dos pássaros, fazer sexo regado de amor com sua esposa/marido, brincar com uma criança, ouvir um maravilhoso solo de guitarra ou mesmo a Nona sinfonia de Beethoven, estudar e trabalhar, para quem ama a Deus, é viver a espiritualidade no mais alto grau, pois Deus nos criou para sermos homens, e cumprir o propósito de Deus para nossas vidas, é fazer a sua vontade.

"E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai" - Colossenses 3:17.

Liberdade, ainda que tardia!!!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

UMA LIÇÃO COM BOB


"As pessoas que tentam fazer este mundo pior não tiram um dia de folga. Como eu poderia tirar?" - Bob Marley

Conta a história que essa frase foi dita por Bob dois dias após ter sido baleado em sua residência, acredita-se que o tiroteio teve motivações políticas e ele foi alvo de partidos conservadores, pois o show gratuito organizado por ele, foi visto como um gesto de apoio ao primeiro-ministro jamaicano.

Percebe-se que a motivação de Bob, foi muito além de política, ele quis influenciar a sua geração com atitudes que pudessem trazer uma nova forma de pensar.

Mas o que essa frase tem de tão especial? Ela reflete um pensamento cristão, na verdade um ensinamento cristão que é pouco difundido hoje, mas que permeia toda a Bíblia.

O apostolo Paulo em duas de suas cartas escreve: E não vos canseis de fazer o bem!

O apostolo Lucas, em seus livro deixa claro que o arrependimento pregado por João, era muito mais que um sentimento de angústia e remorso pelos pecados cometidos outrora, mas demonstrava-se em atitudes específicas, chamada de frutos do arrependimento:

João diz: Quem tiver duas túnicas, reparta com quem não tem; e quem tiver comida faça o mesmo. Não cobreis mais que o estipulado; A ninguém maltrateis; não deis denúncias falsas e contentai-vos com o vosso soldo.

O arrependimento pregado por João, refletia-se em boas obras, não apenas numa religião vazia, pois ele diz: Deus pode suscitar de pedras, filho a Abraão.

Esse é um alerta para o nosso tempo, que devido às leis impostas pelo capitalismo selvagem, nos força a pensar apenas no próprio umbigo e promove a competitividade excessiva, fazendo com que o amor ao próximo se esfrie, tornando-nos cada vez mais egoistas na busca de satisfação e sucesso.

É muito claro quando vemos nos telejornais noticias de atentados terroristas e homens-bombas, que quem quer fazer o mal não dorme, mas traça planos muito bem arquitetados, gastando tempo e recursos para atingir seus objetivos destrutivos e de morte.

E nós que deveríamos promover o bem e as virtudes, o que temos feito?
Será que já nos cansamos de nos arrepender?
Nos cansamos de fazer o bem?

É carnaval, e a igreja tira folga em retiros espirituais, deixando o sinal verde para que o mal possa reinar por seis dias. Estão orando, se alimentando da palavra, buscando poder, unçãoe e autoridade para lutar contra o inferno, contra o mal e suas forças. QUANDO DEUS PEDIU APENAS QUE TIVESSEM FRUTOS DIGNOS DE ARREPENDIMENTO.

Pense nisso.
Referencias: II Tessalonicenses 3:13; Gálatas 6:9; Lucas 3:1-14.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

EU E MEUS AMIGOS GAYS



"Não apenas estamos no mesmo barco, como todos sentimos enjoo” (G.K. Chesterton).



Todo cristão tem um tempo preconceituoso de vida, quando acha que tudo é pecado, ações de demônios e repreende até a sombra usando o nome do Senhor. Mas com o passar do tempo e estudo da palavra começa a descobrir que as coisas não são bem assim.
Eu tive um tempo assim, achava que faltar a um culto para sair com meus amigos era pecado, me faria menos espiritual, se fosse culto de domingo então, nem se fala, era como comprar o ticket de ida para o inferno e sem escala no purgatório. E neste tempo ignorante, me distanciava de tudo e todos que fossem contrários a doutrina a qual considerava libertadora, mas eu estava preso, vivia num gueto crente.

De uns anos para cá, venho percebendo o quanto isso foi prejudicial para mim e para os que necessitam de ouvir e vivenciar a salvação. A palavra de Deus diz que TODOS pecaram, isso inclui a mim e a todos os outros humanos desta terra, mas também diz que, onde abundou o pecado, SUPERABUNDOU à graça. O entendimento destas pequenas porções bíblicas trouxeram luz, libertando-me do preconceito e julgamento, tão condenados por Jesus, porém, tão praticados pelos “crentes” de hoje.

Estamos todos no mesmo barco, e sentimos enjôo, em maior ou menor proporção, mas não deixa de ser enjôo. E Deus em seu infinito amor, não escolheu por quais pecados seu filho morreria, Ele levou o pecado de todos nós, permitindo que todos fossem alvos da graça. E como eu, alvo dessa graça, vou impedir que outros a alcancem, ou vou listar quais pecados merecem perdão e quais merecem fogo e enxofre? Corro o grande risco de condenar a mim mesmo.

Jesus em nenhum momento se privou de estar com os pecadores, e em certo momento ele disse: Os sãos não necessitam dos médicos e sim os doente; não vim chamar os justos, e sim pecadores.

Mas o que isso tem a ver com gays? TUDO e não só com eles, mas com todos os pecadores, incluindo eu e você.

Alguns religiosos de plantão dizem que há um movimento pró-gays, que militantes querem impor uma ditadura gay, mas se esquecem que temos por outro lado um movimento anti-gays que alastra violência, preconceito e morte sem precedentes em nome da família e de Deus.

Eu pergunto: De que lado dessa guerra Deus realmente está? Ou ainda: Quem está percebendo que gays ou não, tratam-se de pessoas que foram alvos da graça de Deus e merecem ser amadas e respeitadas?

Em seu texto “SOBRE O AMOR AOS GAYS E AS MÃES QUE QUEREM ABORTAR” para o site Cristianismo hoje, Carlos Carrenho diz: Da mesma forma – embora, tomando-se por base os textos bíblicos acerca da questão, pareça impossível não condenar o homossexualismo –, defenderei com todas as minhas forças que os gays tenham direitos absolutamente iguais aos dos heterossexuais. A moral individual ou de um segmento social jamais deve ser imposta sobre a sociedade como um todo; esta é uma premissa básica da liberdade. Em outras palavras, eu não posso exigir de um não-cristão que ele se comporte de acordo com os mandamentos bíblicos, da mesma forma que um muçulmano ou judeu não pode exigir que eu viva sob seus preceitos morais (...) Se o próprio Deus nos legou o livre arbítrio ou, no mínimo, permitiu que cada ser humano escolha entre pecar ou não, não cabe a nós criar legislações que oprimam aqueles que querem uma vida diferente da que levamos como cristãos. Nossa obrigação é amar ao próximo, seja ele gay ou não, tenha ele optado ou não por um aborto. Quando aprendermos a amar aqueles que são diferentes, seremos mais capazes de influenciá-los do que por meio de legislações opressoras anti-libertárias.



Já Hermes Fernandes em seu texto “IGREJA GAY: UMA VERGONHA PARA OS EVANGÉLICOS” no site Solomom1, diz: Não estou dizendo que as igrejas deveriam legitimar sua conduta. Não! Apenas afirmo que devemos ser mais misericordiosos, compassivos, agindo mais ou menos como nosso Mestre agiria. Me recuso a acreditar que Jesus os rechaçaria. Também não acredito que Ele estimularia que Seus seguidores se entrincheirassem contra os homossexuais, como tem sido feito. Tornamo-nos seus inimigos número 1. Como poderemos evangelizá-los? Como poderemos conduzi-los aos pés do Salvador? Será que somos melhores do que eles? Será que nossa avareza, idolatria, inveja, carnalidade, ocupam um lugar de menor importância dentro da lista de pecados condenados pela Palavra? Sinceramente, creio que a Igreja deveria se manifestar solidária a todo grupo humano minoritário que buscasse ser respeitado. Sem endossar qualquer que fosse a conduta pecaminosa, deveríamos comprar uma briga pelas prostitutas, homossexuais, seguidores das religiões afro-brasileiras, ciganos, etc.

Lembro-me das palavras de Jesus que diz que somos luz do mundo, e essa luz não pode estar oculta, mas iluminar a todos. Não podemos viver em guetos crentes e nos esquecer que a luz que há em nós deve resplandecer nas trevas. Se isolar do mundo vai contra a missão da Igreja de pregar as boas novas de salvação a TODA criatura.


Hoje tenho muitos amigos, muitos amigos gays. Muitos deles são cristãos que amam a Deus, porém sofreram nas mãos de pessoas como EU, que se sentem “filhos do rei” e acham que por isso podem legislar sobre a vida dos outros, e por isso agem mais como “filhos do inferno” , impedindo que aqueles que estão às portas do reino, possam entrar. Alguns deles, acharam que podiam confiar no irmão super-espiritual, e acabaram tendo sua vida exposta na congregação, e foram vitimas de todo o tipo de retaliação, outros foram expulsos. Alguns deles querem voltar, outros preferem qualquer outra coisa que o convívio com crentes. Muitos estão felizes com a vida que levam e outros sofrem por querer ser “normal”.

Será que a abordagem da igreja em relação a este assunto está correta, uma vez que ao invés de luz, amor e cura, estamos levando trevas, decepção, sofrimento e ódio?

Hoje não vejo diferença em ser glutão ou homossexual. Jesus morreu para perdoar ambos e permite que cada pessoa escolha permanecer na pratica ou não.

Conseqüências? Tem gente que adora pregar fogo e enxofre, então toma:

Disse Jesus: Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade – Mateus 7:22 – 23.
Leia os textos de Carlos Carrenho e Hermes Fernandes clicando nos títulos.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

EFÊMERO

Por Cleber D. Graüth

Um poema é só um poema, um blábláblá para sentir quando se é delicado com as palavras;
O argumento, menos talvez do que um poema, é um blábláblá megalomaníaco para se orgulhar da espécie, o ouro de tolo de Narciso;
Já uma encenação teatral, uma micagem para aparecer;
A música, um processo físico-químico que acalma, anima e emociona;
Por fim, a beleza, um oásis que se apaga rapidamente...

No Blog do autor: A Razão Gulosa