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domingo, 10 de outubro de 2010

CASAMENTO GAY

A Declaração Universal dos Direitos Humanos em seus artigos 1, 2 e 3 diz que:

Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Já o artigo 5º da Constituição Federal diz que:

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.

E então ouvimos declarações como estas:

“Eu nunca vou celebrar casamento de homossexual, nunca! Podem me prender, podem me processar, podem me matar. Nunca vou celebrar. Por que a igreja não quer, por que Bento XVI também não quer, e eu estou com Bento XVI, estou com a igreja” – Padre José Augusto – Canção Nova – via Youtube.

“Você é a favor dessa lei, você é a favor de se privilegie esse grupo, então vote nos deputados e nos senadores que são a favor do casamento homossexual. É um direito seu. Você é cidadão. Se é isso que você quer para a sociedade, então vota nisso. Você é contra isso, você é contra leis para colocar os grupos homossexuais como cidadão de primeira classe? Então olha bem nos candidatos que você vai votar.” – Pastor Silas Malafaia – Programa Vitória em Cristo – via Youtube.

Porém no mesmo artigo 5º da Constituição, no parágrafo VI, diz:

É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.

Temos aqui duas situações, a primeira: A lei de normas e condutas dos Cristãos é a Bíblia, e a Constituição garante a liberdade de culto, por isso, o governo não pode em hipótese alguma obrigar que as igrejas realizem o casamento “religioso” de casais homossexuais, caso está pratica não seja aceita nos dogmas ou doutrinas desta igreja. Já temos visto muitas delas adotando esta prática, mas no Brasil este número ainda é insignificante. A segunda situação, é que a igreja por sua vez, não pode obrigar a sociedade a viver de acordo com suas regras morais, uma vez que o Brasil é um estado laico, sendo neutro em relação à questões religiosas.

Como cidadãos através do voto, elegemos representantes que irão defender nossos interesses – sejam estes quais forem. Porém infelizmente, no discurso dos dois religiosos – caso tenha a curiosidade de assistir na integra – podemos perceber, não uma forma de doutrinamento dos seus fiéis, baseando-se nos ensinamentos de Jesus, mas a manipulação barata de votos contra um partido, que defende a união de casais homossexuais.

A frase de Silas Malafaia deixa claro o preconceito contra a minoria homossexual: “ você é contra leis para colocar os grupos homossexuais como cidadão de primeira classe” – Quem disse que homossexuais são cidadão de segunda ou terceira classe? A Bíblia deixa claro que Deus colocou todos os homens debaixo do pecado, para que não houvesse privilégios ou distinção - Ele não faz acepção de pessoas.

Já o Padre José Augusto diz que não celebra o casamento por que a igreja não quer, por que o Papa não quer.

E Deus, o que Deus diz a esse respeito? O que será que Ele quer?
Acredito que Jesus agiria como no vídeo a seguir:




“A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.” – Romanos 13:8.
Pense Nisso!

3 comentários:

  1. Esse é um assunto que realmente precisa ser discutido.
    O que precisa ficar claro é que os homens gays não querem entrar na igreja de véu e grinalda e as mulheres também não querem entrar de paletó! A discussão tem que ser sobre a possibilidade de dois seres humanos, filhos do mesmo Deus, buscar sua felicidade amando outra pessoa independentemente da sexualidade do (a) parceiro(a).

    Vejo um avanço tremendo, mas ainda não somos tratados como rege nossa constituição (assim como outros grupos de minoria) e em um país pseudo-laico como o nosso esse avanço já deveria ser celebrado!

    Parabéns por tornar um assunto bastante delicado em uma leitura agradável!

    Abracos

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  2. Francamente eu tenho medo do resultado dessas eleições. Como disse Guilherme Fiuza em um artigo na Época, se a Dilma perder pela questão do aborto e todos esses estigmas pregados pelo seu adversário, será um vexame para o Brasil. Um retrocesso!
    Todas as religiões e crenças devem ser respeitadas e não impostas. Muito me chateia saber que o Brasil ainda baseia o seu voto em dogmas e crenças.

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