O amor é algo tão belo, mas machuca quando queremos a qualquer custo. É como pegar uma rosa de maneira impulsiva, sem pensar nos espinhos.
David Santos no @Poetizando
Escrevi a frase acima pensando de forma poética sobre o amor, mas precisava escrever para o Blog e não estava muito inspirado. Pensar sobre o amor Eros ultimamente, tem me deixado entristecido, até melancólico e me impede de deixar o coração aberto para ouvir algo de Deus ou me inspirar nEle. Mas relendo várias vezes a frase, notei que ela é bem mais espiritual que temporal, Refletindo bem o amor que Deus tem por nós.
Após criar o universo, os mundos e tudo o que neles há, apenas com a palavra de sua boca, Deus decidiu brincar com a terra, como uma criança na praia a fazer castelos de areia. E com o pó da terra, Ele modelou o homem, esculpindo-o com perfeição, pensando em cada detalhe e, depois como num beijo, soprou em suas narinas o fôlego de vida, seu Espírito, nossa respiração. Fazendo do até então simples boneco de areia, uma alma animada, viva, Sua imagem e semelhança e digno de todo o seu amor.
De repente aquele boneco de areia, abre os olhos e como o primeiro olhar de alguém apaixonado, viu se um brilho diferente. E viu Deus que isso era muito bom e com suas próprias mãos cultivou um jardim a qual chamou de “o jardim das delicias” para que o homem ali habitasse.
Deus amou tanto o homem que não se negou a dar a ele tudo o que o faria feliz. Porém um fruto era exclusivo, propriedade de Deus, e seria dado ao homem no momento oportuno, mas o homem não entendeu assim, e tomou o fruto.
A serpente, ao enganar o homem, deixou a entender que o fato de Deus os ter proibido de comer do fruto, seria porque não os amava verdadeiramente.
Todas as implicações desta história você já conhece, porém, Deus não abriu mão do seu amor pelo homem, mesmo este decidindo deliberadamente, viver por suas próprias forças e condições, e sem ao menos dar a Deus a chance de se explicar.
Então Deus num gesto impulsivo e cheio de coragem, para ter de volta o amor do homem, comete a maior das loucuras: Se esvazia do seu poder e de sua glória, participa da carne e sangue, se faz homem, sujeito as mesmas paixões que nós.
Arriscando sua própria reputação, Ele invade a roseira para reconquistar seu espaço no coração do homem, e sem perceber, é ferido pelos espinhos, ferido de morte, não apenas por um espinho, mas por vários espinhos que querem sufocar seu amor.
O que não passou por nossa cabeça, e ainda hoje não conseguimos entender, por mais esforço que façamos, é que este foi o plano d’Ele desde o inicio, sua morte por amor, apenas isso nos atrairia novamente a Ele, devolvendo aquele brilho apaixonado da primeira vez.
O que nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? (...) Porque eu estou bem certo que de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem as do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor – Paulo aos Romanos 8: 35, 38 e 39.
O amor tem seus próprios espinhos, e todos os outros empecilhos são nada, comparado a força do amor verdadeiro.
Pensei nisso!