Quando eles acabarem como Estado laico chegará a
hora de decidirem qual das vertentes cristãs terá primazia, uma vez que também consideram o ecumenismo algo abominável, determinar quem tem o poder será a nova pauta das bancadas religiosas, e então, não se lembrarão
que unidos, destruíram o que de mais precioso temos, a liberdade religiosa.
A tônica dos debates será o estelionato aberto em rádio e TV promovido pelos tele-evangelistas, os mega-templos e mega-arrecadações que são livres de qualquer imposto, possibilitando a lavagem de dinheiro, não só da corrupção politica, mas também do trafico. Bem como os padres pedófilos acobertados pelo Vaticano e outros problemas históricos da Santa Sé.
A tônica dos debates será o estelionato aberto em rádio e TV promovido pelos tele-evangelistas, os mega-templos e mega-arrecadações que são livres de qualquer imposto, possibilitando a lavagem de dinheiro, não só da corrupção politica, mas também do trafico. Bem como os padres pedófilos acobertados pelo Vaticano e outros problemas históricos da Santa Sé.
Quando o cristianismo for a religião oficial do país
e tiverem que decidir sobre temas nacionais de grande importância e suas divergências teológicas vieram a tona, veremos a face maligna e diabólica de quem se uniu tendo como deus o próprio o ventre.
Católicos e protestantes dificilmente chegarão a um acordo sobre qual dos lideres - padres ou tele-evangelistas - terá a ultima palavra sobre assuntos de cunho nacional. As aulas de religião nas escolas será um grande impasse, bem como, manter ou não imagens de cunho religioso ou cultos em repartição pública. Veremos mais uma vez a torre de babel se formando, onde a união por chegar ao céu era o bem comum.
Não haverá consenso sobre quais feriados deverão ser mantidos ou descartados. Os motivos de discórdia irão aumentar dia a dia e chegará a um ponto da comédia, substituirão a discussão sobre biscoito ou bolacha por questões irrelevantes como missa ou culto ou oração e reza, sem falar na discórdia sobre o uso ou não do preservativo.
Católicos e protestantes dificilmente chegarão a um acordo sobre qual dos lideres - padres ou tele-evangelistas - terá a ultima palavra sobre assuntos de cunho nacional. As aulas de religião nas escolas será um grande impasse, bem como, manter ou não imagens de cunho religioso ou cultos em repartição pública. Veremos mais uma vez a torre de babel se formando, onde a união por chegar ao céu era o bem comum.
Não haverá consenso sobre quais feriados deverão ser mantidos ou descartados. Os motivos de discórdia irão aumentar dia a dia e chegará a um ponto da comédia, substituirão a discussão sobre biscoito ou bolacha por questões irrelevantes como missa ou culto ou oração e reza, sem falar na discórdia sobre o uso ou não do preservativo.
A arte sacra sempre foi e será algo que os protestantes evangélicos não conseguirão engolir - "não fará para ti imagem ou escultura, nem alguma semelhança do que há acima do céu, nem debaixo da terra, nem nas águas debaixo da terra" (Ex. 20:4) - bradarão seus deputados e senadores no congresso e diante de museus e galerias de arte. Cheios de pudores, o nu mesmo que artístico deve ser censurado. A imagem de Jesus crucificado ou dos santos que para Católicos é uns sinal de reverência e lembrança de fé e santidade, para algumas alas evangélicas, ainda é sinal de idolatria e culto a demônios.
Nesta briga de egos e deuses, o que será dos vitrais magníficos, do terço, do
crucifixo, das telas representando o Cristo, a virgem, a imagem dos santos? O que será das grandes catedrais góticas e dos museus que abrigam grande parte destas obras?
Quando eles finalizarem o genocídio da população negra, periférica das favelas e dos morros, onde além de tiros se ouvem orações, quando a supremacia branca vigorar. Não haverá mais a quem perseguir. Não terão mais bodes expiatórios.
O artigo sexto da Constituição terá todo o sentido - "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza" - pois o que distinguia uma pessoa de outra - sua raça - deixará de existir, ao menos na superfície, onde os olhos podem ver e o coração julgar.
A primeira medida e a mais eficaz será a desmilitarização da policia.
A primeira medida e a mais eficaz será a desmilitarização da policia.
Não será necessário leis para punir os
transgressores, seus jovens de pele clara não são delinquentes ou marginais, seus criminosos
de colarinho e pele branca sofrem apenas de distúrbios psicológicos. Fóruns e
delegacias serão transformados em centros mais parecidos com colonia de ferias para crianças mimadas que um local ressocialização e tratamento.
Terrenos baldios e inutilizados onde se desovam corpos de negros como em
senzalas, abrigarão bairros com casas luxuosas, e assim, continuarão Os pisoteando mesmo depois de mortos.
O Brasil sairá do ranking de país onde mais se mata a população jovem e de mulheres negras. Não será necessário dividir espaço com esta gente diferenciada nas ruas, praias ou nos aeroportos. Uma nova imagem do país atrairá novos e melhores investidores e turistas.
Quando eles apagarem da nossa memória o negro e do
índio - sua resistência, na cultura e na arte. Não haverá referencia padrão para o que é feio, tudo será lindo.
Todo comercial terá família com cor de margarina. Nas rádios de todo o país não se ouvirá mais o batuque do samba, do baião, frevo, maracatu. Nem sei se ainda haverá alguma musica que seja realmente popular e brasileira. Substituirão o carnaval por algo que nem consigo imaginar. Mudarão os dicionários excluindo palavras de origem afro ou indígena, será proibida a comercialização de qualquer item que lembre, mesmo que de longe este passado terrível em que mergulharam o Brasil, será o fim da nossa culinária, moda e literatura, será o fim da cultura brasileira.
Havera a tão sonhada reforma agrária, mas para dividir as terras indigenas entre os grandes latifundiários.
Não haverá mais racismo ou guerra de classes. Não serão necessários sistemas de cotas para pagar a divida histórica de exploração e marginalização. As novas castas sociais terão uma nova classificação baseadas em privilégios brancos acessíveis e não acessíveis. Haverá escolas para todos, casas para todos, um lugar ao sol para todos. Mas para que haja justiça, prevalecerá a meritocracia e exceto se não trabalhar o bastante para ser melhor que seus irmãos, ficara de fora - mas a culpa será toda sua, justo! E brigarão entre si por causa da cor dos olhos.
Quando eles extinguirem a diversidade, quando os frouxos voltarem para o armário, as mulheres aos seus postos junto ao fogão e tanque e aos homens retornar a dignidade de provedores exclusivos do lar, todas as famílias serão bem-aventuradas.
Não haverá causa que justifique a violência contra a mulher. Os homens não sofrerão de machismo, não haverá quem os ameace ou ofenda em sua masculinidade. Cairá o numero de divórcios, de pedofilia, de crianças abandonadas, maltratadas, violadas em sua sexualidade e até o número de abortos reduzirá. A natureza também dará uma trégua e não se ouvirá mais sobre terremotos, furacões ou tsunamis causados pela irá de Deus contra os gays.
A economia do pais embora reduza drasticamente e haja a extinção de atividades econômicas causada pela evasão das mulheres dos postos de trabalho, isto garantirá o emprego a todos os homens. Entretanto, a dificuldade na retomada da economia e não tendo quem acusar, culparão a crise global e a ascensão da economia chinesa. Numa tacada de mestre, obrigarão que as famílias priorizem filhos homens e queimando o estatuto das crianças e adolescentes, sera permitido o trabalho infantil para meninos a partir de 10 anos.
Quando tudo isso tiver sido feito, os livros de história contarão como os cidadãos de bem combateram e venceram seus inimigos por amor a pátria, a família e a deus. Uma versão utópica de paz e prosperidade como os contados nos livros das escolas da Coreia do Norte ou como os discursos de Hitler. E serão facilmente convencidos de que o céu desceu a terra.
E os justos - estes que foram marginalizados, oprimidos, perseguidos e injustiçados - "brilharão como sol no Reino de seu Pai, aquele que tem ouvidos ouça" (Mateus 13:43).
E os justos - estes que foram marginalizados, oprimidos, perseguidos e injustiçados - "brilharão como sol no Reino de seu Pai, aquele que tem ouvidos ouça" (Mateus 13:43).