Pages

sábado, 19 de março de 2011

PROBLEMA COM FIDELIDADE


Estava no ônibus sentada, era cedo, ia trabalhar.
Estava meio sonolenta e pensava em meu amor.
Pela manhã a saudade dele aperta, ele mora distante, em Minas Gerais, são 10 horas de viagem.
Não sei se ele me ama como deveria, mas tenho por ele um amor devocional.


Subiu no ônibus um mocinho, com feições angelicais, não fosse a barba por fazer, que alias o deixava muito atraente.
Fitei-o como quem o queria atravessar, me lembrava meu amor. Ele andou em minha direção e fez sinal com a cabeça, sinal de reprovação.
“Será que ele notou?” pensei.

Parou ao meu lado e tirava a mochila das costas, observei atentamente seu bíceps flexionar, o que me deixou um pouco sem ar. Me ofereci para segura-la e ele consentiu.

A viagem prosseguiu por alguns instantes, até que numa freada ele encostou-se a mim, e o meu coração disparou. Fechei os olhos para tentar me acalmar, não consegui. Torcia para que mais freadas acontecessem.

Chegou à hora de ele descer, e gentilmente pediu a mochila, ao entregá-la, com ela meu telefone.
Um encontro, sexo e paixão, o que sentia era muita emoção.

Ao chegar ao ponto final alguém me tocou, e disse: Chegou!
Ainda meio sonolenta olhei ao redor e ele não estava lá, sua mochila havia sido retirada do meu colo sem eu notar. Dormi profundamente, como uma pedra.

Me levantei e segui o meu caminho pensativa:
“Tenho um problema com fidelidade”.

sábado, 12 de março de 2011

PENSAMENTOS


Estive pensando...

O que me fez crer em Deus?
Qual foi o momento em que a fé brotou em meu coração?
Quais são as evidências em que minha fé está firmada?
Será que tenho um firme fundamento?

Porque creio em Deus?
O amo de verdade ou é puro interesse?
Se descobrisse que a Bíblia não passa de mentiras?
Se tivesse uma revelação de que o inferno não existe?

E se provassem que Jesus teve um caso com Maria?
Que seu corpo realmente foi roubado?

Onde está a linha tênue entre incredulidade e fé?
Porque muitas questões não são respondidas e ainda assim cremos?

Abraão, Moisés, Davi, Jó, Pedro, Tomé...homens comuns, e que viveram nesta corda bamba, entre o natural e o sobrenatural, entre a terra e céu, entre íncredulidade e a fé.
Não acredito que eles viveram uma fé plena e nem que nós hoje possamos vivê-la.
O questionar, a busca por respostas, o anseio pelo mistério está na essência humana, essa desejo pelas coisas eternas foi colocada em nós pelo próprio Deus.
O que pode nos dar um consolo, um pequeno consolo, são as palavras do Apostolo Paulo: "Porque agora vemos como espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido. Agora pois permanece a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior deste é o amor." - 1 Coríntios 13:12-13

E então eu volto a novas questões:

Porque nos preocupamos tanto com a fé, se o amor é maior?
Será que amar a Deus produz fé?
A fé é importante porque é a chave da vitória (dizem), e o amor, é a chave do que?

E percebo que apesar de tantas dúvidas, Deus ainda nos ama, e mesmo que tateando no escuro, há vislumbres de sua glória que nos direcionam. E continuar andando em meio a escuridão, faz toda a diferença no processo do aperfeiçoamento da fé.
Questionar nunca foi sinônimo de descrença, pelo contrário, é a vontade de querer se aprofundar e chegar mais perto, é "conhecer e prosseguir em conhecer" só precisamos tomar cuidado para que as questões não respondidas não passem a ser motivo para a descrença.


Pense nisso!

domingo, 6 de março de 2011

ANTES - O AMOR PRÓPRIO


Eu quero teu sexo, mas antes quero o tesão de te despir com os olhos.
Eu quero teus beijos, mas antes quero desejar teus lábios molhados, semi-abertos...como que desejando uma fruta suculenta.

Eu quero você, mas antes quero ter o prazer de olhar no espelho e,
me sentir bem com o que vejo.

Pois só saberei te amar, se antes, me amar mais...
que a necessidade que tenho de te amar.