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sábado, 24 de abril de 2010

CAFETÕES DA PROSPERIDADE

O SONHO DE 'QUASE' TODO PASTOR NEOPENTECOSTAL

As marcas da institucionalização da igreja


A igreja tem duas dimensões: organismo e organização, corpo místico de Cristo e instituição religiosa, que convivem e se misturam enquanto fenômeno histórico e social. O grande desafio é fazer a dimensão institucional diminuir para deixar o organismo espiritual crescer. O que se observa hoje, entretanto, é um movimento contrário, no qual muitas comunidades cristãs caminham a passos largos para a institucionalização, sem falar naquelas que estão com os dois pés fincados no terreno da religiosidade formal. Se não, observe o que eu chamo de marcas da institucionalização da igreja:


1. Liderança personalista. Quando a comunidade acredita que algumas pessoas são mais especiais do que outras, abre brecha para que alguém ocupe o lugar de Jesus Cristo e se torne alvo de devoção. Ocorre então uma idolatria sutil e, aos poucos, um ser humano vai ganhando ares de divindade. Líderes que confundem a fidelidade a Deus com a fidelidade a si mesmos se colocam em igualdade com Deus e, em pouco tempo, pelo menos na cabeça dos seus seguidores, passam a ocupar o lugar de Deus. Eis a síndrome de Lúcifer.

2. Ênfase na particularidade do ministério. Uma vez que o projeto institucional se torna preponderante, a ênfase não pode recair nos conteúdos comuns a todas as comunidades cristãs. A necessidade de se estabelecer como referência no mercado religioso conduz necessariamente à comunicação centrada nas razões pelas quais “você deve ser da minha igreja e não de qualquer outra”. Torna-se comum o orgulho disfarçado dos líderes que estimulam testemunhos do tipo “antes e depois de minha chegada nesta igreja”.

3. Ministração quase exclusiva à massa sem rosto. Ministérios institucionalizados estão voltados para o crescimento numérico e valorizam a ministração de massa, que se ocupa em levar uma mensagem abstrata a pessoas que, caso particularizadas e identificadas, trariam muito trabalho aos bastidores pastorais. Parece que os líderes se satisfazem em saber que “gente do Brasil inteiro nos escreve” e “pessoas do mundo todo nos assistem e nos ouvem”, como se transmitir conceitos fosse a única e mais elevada forma de dimensão da ministração espiritual. Na verdade, a proclamação verbal do evangelho é a mais superficial ministração, e deve ser acompanhada de, ou resultar em, relacionamentos concretos na comunhão do corpo de Cristo.

4. Busca de presença na mídia. Mostrar a “cara diferente”, principalmente com um discurso do tipo “nós não somos iguais os outros, venha para a nossa igreja”, é quase imperativo aos ministérios institucionalizados. A justificativa de que “todos precisam conhecer o verdadeiro evangelho”, com o tempo acaba se transformando em necessidade de encontrar uma vitrine onde a instituição se mostre como produto.

5. Projetos ministeriais impessoais. Ministérios institucionalizados medem seu êxito pela conquista de coisas que o dinheiro pode comprar. Pelo menos no discurso, seus desafios de fé não passam pelos frutos intangíveis nas vidas transformadas, mas em realizações e empreendimentos que demonstram o poder das coisas grandes. Os maiores frutos da missão da Igreja são a transformação das pessoas segundo a imagem de Jesus Cristo e da sociedade conforme os padrões do reino de Deus, e não a compra de uma rede de televisão ou a construção de uma catedral.

6. Exagerados apelos financeiros. Consequência de toda a estrutura necessária para sua viabilização, os ministérios institucionalizados precisam de dinheiro, muito dinheiro. As pessoas, aos poucos, deixam de ser rebanho e passam a ser mala-direta, mantenedores, parceiros de empreendimentos, associados.

7. Rede de relacionamentos funcionais. A mentalidade “massa sem rosto” somada ao apelo “mantenedores-parceiros de empreendimentos” faz com que as relações deixem de ser afetivas e se tornem burocráticas e estratégicas. As pessoas valorizadas são aquelas que podem de alguma forma contribuir para a expansão da instituição. Já não existe mais o José, apenas o tesoureiro; não mais o João, apenas o coordenador dos projetos Gideão, Neemias, Josué, ou qualquer outro nome que represente conquista, expansão e realizações.

8. Rotatividade de líderes. Não se admira que muitos líderes ao longo do tempo se sintam usados, explorados, mal amados, desconsiderados e negligenciados como pessoas. O desgaste de uns é logo mascarado pelo entusiasmo dos que chegam, atraídos pela aparência do sucesso e êxito ministerial. Assim a instituição se torna uma máquina de moer corações dedicados e esvaziar bolsos de gente apaixonada pelo reino de Deus. O movimento migratório dos líderes de uma igreja para outra é feito por caminhões de mudança carregados de mágoas, ressentimentos, decepções e culpas.

9. Uso e abuso de conteúdos simbólicos. A institucionalização é adensada pelos seus mitos (nosso líder recebeu essa visão diretamente de Jesus), ritos (nossos obreiros vão ungir as portas da sua empresa) e artefatos (coloque o copo de água sobre o aparelho de televisão), enfim, componentes de amarração psíquica e uniformidade da mentalidade, onde o grupo se sobrepõe ao indivíduo e a instituição esmaga identidades particulares. Os símbolos concretos (objetos, cerimônias repetitivas, palavras de ordem) afastam as pessoas do mundo das ideias. Quanto mais concretos os símbolos, mais amarrado e dependente o fiel.

10. Falta de liberdade às expressões individuais. Ministérios institucionalizados, personalistas, dependentes de fiéis para sua manutenção financeira e psicologicamente amarrados pelos conjuntos simbólicos não são ambientes para a criatividade e a diversidade. Todos brincam de “tudo quanto seu mestre mandar, faremos todos” e, inconscientemente, acabam se vestindo da mesma maneira, usando o mesmo vocabulário, gestos e linguagens não verbais. Seus rebanhos são compostos não apenas por “massa sem rosto” e “mantenedores-parceiros de empreendimentos”, mas também por “soldadinhos uniformizados”, o que, aliás, é a mesma coisa.

Ed René Kivitz - dica do Marcos Florentino

Fonte: Pavablog

domingo, 18 de abril de 2010

O que acontece quando QUEM você é MUDA, e o QUE você é NÂO?

Existe uma diferença enorme entre o “QUEM SOU” e o “QUE SOU”, partindo do pressuposto que, QUEM SOU são nossas ações exteriores e aparência, aquilo que os outros podem ver, e o QUE SOU é o nosso verdadeiro EU, o caráter, as motivações interiores.

A Bíblia é clara quando nos diz que, Deus não atenta para o exterior e sim para o coração, isto é, para Ele não importa QUEM SOU e sim O QUE SOU. Pode parecer complicado, mas pessoas boas não fazem coisas boas sempre, exemplos disso são o patriarca Abraão – conhecido como o Pai da fé – que traiu sua esposa com a empregada, teve um filho com ela e depois mandou-os embora no meio do deserto; e o Rei Davi – conhecido como um homem segundo o coração de Deus – que adulterou com uma mulher e depois mandou matar o marido dela. E o contrário disso também é verdadeiro, pessoas más podem fazer coisas boas.

O Apostolo Paulo diz em sua carta aos cristãos da Galácia: “Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser uma nova criatura.” – Gálatas 6:15 - Ele aqui entra no cerne da questão: O que acontece quando QUEM você é MUDA, e o QUE você é NÂO?

A preocupação dos Gálatas era se os gentios que abraçavam a doutrina de Cristo deveriam ou não circuncidar-se, isto é, serem marcados na carne, na aparência, para determinar QUEM SOU, pois todos os homens circuncidados eram tidos como Filho de Abraão. E Paulo com sabedoria divina adverte a igreja, mostrando que as mudanças exteriores não têm valor algum e sim a transformação interior.

Quando Deus tirou os Israelitas escravizados do Egito, pediu a Moisés que circuncidasse a todos. O livro de Hebreus declara que eles também foram batizados na nuvem e no mar, para nós cristãos, isso tem um grande impacto espiritual quando visto pela fé. Deus estava ai mudando a condição do povo e dando a eles uma nova identidade, Deus estava mudando o QUEM SOU. Porém as mudanças exteriores, não trouxeram mudanças significativas no interior dos israelitas o que os impediu de entrarem na terra prometida, e apenas em Josué e Calebe houve um espírito diferente – dos seiscentos mil homens, sem contar mulheres e crianças que saíram do Egito, rumo a Canaã, apenas os dois, herdaram a promessa.

A nossa sociedade é conduzida pela aparência, todos os dias criam-se novas tendências da moda, uma nova dieta, uma nova cirurgia que promete manter-nos jovens, propagandas publicitárias pregam que ter determinado produto muda QUEM SOU me tornando agradável e aceito, mas estar na moda ou 20 quilos mais magro não determina uma mudança naquilo QUE SOU.

Infelizmente a igreja se amoldou a esse sistema do anti-reino e virou status social dizer que é cristão e que frequentamos uma igreja evangélica famosa, mas volto à questão: O que acontece quando QUEM você é MUDA, e o QUE você é NÂO?

Dias atrás jogadores de um time de futebol e que declaram serem cristãos evangélicos recusaram-se a visitar crianças de um orfanato. O motivo: o orfanato é administrado por uma instituição que professa a fé Espírita (veja aqui).

O que a mudança de religião, do QUEM SOU, trouxe de mudança no QUE SOU, se assim como na parábola do Bom Samaritano, os religiosos que deveriam demonstrar amor, compaixão e misericórdia, mostram atitudes dissonantes com a pregação que realizam?

Essa semana fomos surpreendidos pelo caso de uma famosa cantora cristã que declarou ser lésbica, e a do missionário famoso que confessou usar de falso testemunhos por 10 anos.

O que essa mudança do QUEM SOU vai acarretar para ambos?
O que essa mudança altera a forma com que Deus os vê?

Pelos frutos seremos conhecidos e não pelas folhas, Jesus foi enfático. As folhas embelezam as árvores e a paisagem na primavera, no outono e inverno a imagem não é tão agradável, porém só podemos determinar a espécie dessa árvore pelo fruto que ela produz.

Ecoa hoje a pregação ousada de João Batista às multidões e a lição amorosa de Jesus a Nicodemos:

Dizia João: raça de víboras quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão – Lucas 3:7-8.

Disse Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus (...) quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne e carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo – João 3: 3 – 7.


Pense nisso!

domingo, 4 de abril de 2010

NADA DE NOVO



Arthur Schopenhauer – filósofo alemão do século XIX - em “Sobre livros e leituras”, versa sobre o risco da leitura excessiva. Escreve:

Quando lemos, outra pessoa pensa por nós: só repetimos seu processo mental (...) Portanto, o trabalho de pensar nos é, em grande parte, negado quando lemos (...) Assim como uma mola acaba perdendo sua elasticidade pelo peso contínuo de um corpo estranho, o mesmo acontece com o espírito, pela imposição ininterrupta de pensamentos alheios (...) Se lemos continuamente, sem pensar depois no que foi lido, a coisa não se enraíza e a maioria se perde (...) Acrescente-se a tudo isso que os pensamentos postos no papel nada mais são que pegadas de um caminhante na areia: vemos o caminho que percorreu, mas para sabermos o que ele viu nesse caminho, precisamos usar nossos próprios olhos.

Extraído de "Über Lesen und Bücher", capítulo 24 de Parerga und Paralipomena (1851)

Com o advento da comunicação em massa, a quantidade de informações passou a ter prioridade a despeito da qualidade e veracidade destas, e isso possibilita a manipulação de alguns fatos, já que poucos irão investigar se, o que estão lendo, condiz com a realidade. Quantas notícias falsas foram divulgadas ao longo da história, ou mesmo, visões distorcidas da realidade, e que geraram grandes problemas.

O Apóstolo Paulo em sua carta aos cristãos em Tessalônica estabelece como regra de conduta ou preceito, que o povo “julgue todas as coisas, para reter o que for bom” (1Tessalonicenses 5:21). Vemos um exemplo disso no livro de Atos, mas não por parte dos Tessalonicenses e sim dos Bereanos, seu autor escreve: “Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram de fato, assim.” – Atos 17:11.

É fato histórico que alguns líderes da igreja de Roma, inseriram ensinamentos contrários a sã doutrina, se aproveitando da falta de instrução do povo, com o intuito de enriquecimento ilícito e da manutenção do seu status e poder, é fato também, que impediram por longos anos o acesso a Bíblia, para manter seu governo maligno.

E o que vemos hoje nas igrejas evangélicas, infelizmente, é a continuidade desta atitude nefasta, e por parte do povo, um retrato da atitude dos Tessalonicenses.

O povo acostumou a engolir tudo o que é pregação, sem ao menos questionar o que estão ouvindo, sem examinar se o ensinamento recebido no culto de domingo realmente é fiel ao que as escrituras dizem.

O Apóstolo Pedro escreveu: Porque nenhuma profecia da escritura provém de particular interpretação. Mas, para fortalecer os seus ensinamentos deturpados, pastores utilizam-se de textos isolados e do poder, amedrontando com maldições àqueles que, iluminados pela revelação que vem pela meditação na palavra, não aceitam suas doutrinas, ou ao menos no objetivo de entendê-las mais profundamente, levantam questionamentos sobre o que ouviram.

Tais pastores – se é que podem ser assim chamados – se esquecem ou retiraram de suas Bíblias a referencia de Lucas 2:48: “Três dias depois, seus pais o acharam [Jesus] no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.”

O Bispo Walter McAlister escreveu: Jesus nunca repreendeu Tomé, o convidou para tocar nas feridas. Dúvidas honestas podem nos aproximar do Mestre, e ainda, Dúvidas não são a negação da fé, mas o engajamento da mente frente os mistérios da fé. Nada ruim.

Durante toda a Bíblia somos advertidos a examiná-la, meditar nela, e praticá-la, como forma de provar sua veracidade, como também, somos advertido sobre a manipulação que os falsos profetas utilizariam para enganar se possível até os escolhidos.

Panem et circenses – é a palavra de ordem hoje nas igrejas!
Deem ao povo o que eles querem e ficarão satisfeitos e calados – metódo utilizado pelos Imperadores Romanos, para manter o povo cativo.

Até quando?

"Pensamentos postos no papel nada mais são que pegadas de um caminhante na areia: vemos o caminho que percorreu, mas para sabermos o que ele viu nesse caminho, precisamos usar nossos próprios olhos."
Isso só será possivel quando, através de uma íntima comunhão com Deus, através do jejum, oração, meditação na palavra, permtirmos que o Espírito Santos de Deus, cumpra sua missão. Pois "quando vier o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir" - Ev. de João 16:13

Disse Jesus: Aconselho-te que de mim compres colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas – Apocalipse 3:18b


Pense nisso!


Citações:
- Sobre Livros e Leitura foi originalmente publicado pela Editora Paraula, em 1993
- Bispo Walter McAlister - Bispo da Aliança das Igrejas Cristãs Nova Vida – frases postadas em seu perfil no twitter em 03.04.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

How He Loves Us / Como Ele nos ama

Ele se importa comigo, me ama como um furação
Eu sou uma árvore, que balança com o peso de sua misericórdia

Quando de repente, ofuscado por sua Glória me esqueço as aflições
Percebo simplesmente como Tu és belo, e quão grande são seus afetos por mim

Chorus
Oh como Ele nos ama
Oh Como ele nos ama
Como ele nos ama, tanto...

Nós somos sua porção, Ele o nosso galardão
Atraídos para a Redeção pela graça em seu olhos
Se a graça é um oceano, nós estamos inundados

O céu se encontra com a terra com um beijo molhado
e o meu coração se volta violentamente contra o meu peito
E não tenho tempo para me lamentar
Quando penso na maneira que...

Chorus
Oh como Ele nos ama
Oh Como ele nos ama
Como ele nos ama, tanto...

How He loves us
Composição: JOHN MARK MCMILLAN
Interpretação: KIM WALKER / JESUS CULTURE

Assista aqui