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sábado, 31 de julho de 2010

TEMPO


Era um cooperador na igreja que queria apenas ser obreiro, o obreio queria ser diacono para ter a honra de servir a santa-ceia.

Era um diacono queria ser presbitero, e o presbitero queria ser pastor para ter um ponto de pregação e ganhar almas para Jesus.

Era um pastor que queria abrir uma igreja e ter alguns membros, que logo quis ser bispo, ter pastores sob sua ordenança e ter uma mega igreja.

Com o tempo passou a desejar ter várias outras igrejas, ir para o rádio, para a TV e não se contentou mais em ser bispo, queria ser apóstolo e comprar um avião para viajar o mundo levando a "sua" pregação.

Hoje ele não quer ser apenas apóstolo, quer ter autoridade de patriarca, quer ser infalivel e dominar o mundo.


E Jesus?

Jesus quis apenas ser SERVO!
E para ele o tempo não passou, continua sendo servo até hoje.


Pense nisso.


domingo, 25 de julho de 2010

EXAGERADOS


Tudo o que é exagerado não é bom. A Bíblia nos indica várias vezes a sermos moderados, temperantes, pessoas sóbrias e equilibradas em todas as relações das nossas vidas, pois assim não seremos presas fácil para o nosso adversário – 2 Pedro 5:8. Ela nos indica a não sermos demasiadamente justo, nem exageradamente sábios – Eclesiastes 7:16 – nos aconselha a nos vestirmos de maneira adequada, valorizando as virtudes interiores, mais que as roupas e acessórios – 1 Pedro 3:3-4 – e nos adverte a não pensarmos de nós mesmos, mais do que verdadeiramente somos – Romanos 12:3 – e isso é só o começo.


Jesus certa vez disse aos seus discípulos:

Vós sois ao sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa – Mateus 5: 13-15.

Jesus tratou aqui de coisas obvias, se o sal não tem sabor, não serve para nada, não cumpre o seu propósito de dar sabor ao alimento, assim como a lâmpada acesa e escondida, não ilumina ninguém.

Mas não podemos esquecer que se salgarmos uma comida, ela ficará impossível de se comer, e se ao invés de uma lâmpada ligamos um holofote, podemos ofuscar a visão da pessoa, impedido que ela enxergue. A falta e o exagero, em ambos os casos, são prejudiciais, isso indica que tudo tem sua medida certa, seu equilíbrio.

Podemos perceber esse equilíbrio na vida de Jesus que era 100% homem, participante da carne, sangue e sujeito as mesmas paixões que nós – Hebreus 2: 14-18 – mas que não pecou cedendo aos desejos e impulsos da carne, como também era 100% divino pois nele habitava toda a plenitude Divina – Colossenses 2: 9 – e nem por isso destruiu seus adversários quando necessário, agindo pela justiça divina.

Acredito que por este motivo Jesus não simpatizava com os religiosos da época, eles eram desequilibrados em sua espiritualidade, eram exagerados em seu legalismo, e com isso impediam que as demais pessoas se achegassem a Deus. Jesus disse: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando – Mateus 23:13.

Vemos na vida dos discípulos, o Espírito Santo os conduzindo a este equilíbrio, quando mostra em visão a Pedro a vontade de Deus de salvar também os gentios, revelando a ele que aquilo que Deus purificou, não pode ser considerado imundo, e em conseqüência disto muitas famílias dos gentios foram alcançadas e as palavras de Jesus para evangelizar o mundo pode ser realizada.

Mas será que nós discípulos de Jesus entendemos a mensagem por trás da mensagem?

Temos na história do Cristianismo tantas situações desagradáveis pela falta de equilíbrio. Os exageros cometidos pela Inquisição em nome de um zelo doentio por Deus e levou a morte milhões de pessoas inocentes; a cobrança de Indulgências que levou a falência famílias inteiras; a morte na fogueira e em outras formas de tortura, de muitas pessoas que não eram contrárias a Bíblia, mas contrárias a religião dogmática e impositiva, que fechava os olhos para coisas obvias. Mas também percebemos a falta de ação da igreja: Onde ela estava quando milhões de negros foram escravizados e torturados? Quando índios foram dizimados em toda a América? Quando Hitler com seu Nazismo se fortaleceu e destruiu milhares de vidas? Sem contar no Apartheid, Comunismo na China, Guerras Santas e a omissão dela em relação aos padres pedófilos.

Não muito distantes de nós vemos essa guerra entre a falta, o equilíbrio e o exagero: igrejas cheias de dogmas e legalismos afastam e expulsam pessoas impedido a comunhão, outras são tão liberais que mais parecem um clube aquático em dia ensolarado; pastores que se consideram “seres especiais” cometem toda sorte de abuso espiritual e psicológico contra seus seguidores, e pessoas que idolatram seus lideres a ponto de tatuar em seu corpo não somente nomes, mas a imagem destes jurando fidelidade a eles a instituição que representam; estruturas eclesiásticas sendo mantidas na base da imposição exagerada da obrigação do dizimo e da oferta, levando pessoas a entregarem aquilo que não possuem quando o censo informa que a maior parte dos cristãos evangélicos no Brasil, são pessoas de baixa renda, quase na linha da miséria; Pastores sendo presos, acusados de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito, compram aviões e mansões no exterior enquanto muitos dos seus seguidores estão desempregados e moram de aluguel; a pregação exagerada da prosperidade a todo custo, da conquista e do triunfo do cristão sobre seus inimigos os não-cristãos, levando as pessoas a se torarem arrogantes, amantes do dinheiro e criando uma competitividade maligna dentro da própria comunidade cristã. Sem falar nas pouquíssimas igrejas que investem seus recursos para melhorar a vida dos pobres e necessitados enquanto mostram na TV o quanto freqüentar determinada igreja pode mudar para melhor a vida de alguém com carros, casas e dinheiro.

Qual o resultado disso tudo?

Aqueles que deveriam dar sabor estão salgando em excesso, e os que querem ser alimentados não conseguem ingerir o cardápio que a igreja tem oferecido, alguns até levam a boca, para logo cuspir e ir beber água em outro lugar, ao invés de beber da Fonte de Águas vivas. Os que deveriam iluminar e mostrar o caminho, querem brilhar tanto que estão ofuscados em sua própria claridade, e com isso ofuscam a visão e impedem que os perdidos enxerguem o caminho, são cegos guiados cegos.

Perdemos completamente o equilíbrio de Cristo que é baseado no amor que perdoa, mas não deixa de dar a correção; que revela a graça, mas age com justiça; que não faz distinção de pessoas, mas conhece os que são verdadeiramente seus.

Voltemos ao equilíbrio, como Paulo pelo Espírito de Deus nos adverte: Ore com o espírito, mas também com a mente, cante com o espírito, mas também cante com a mente – 1 Coríntios 14: 15.

Disse Jesus: Se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus - Mateus 5:20.


Pense nisso!

domingo, 4 de julho de 2010

PRECISAMOS DE MAIS AMANTES


Deus tem um único posicionamento inflexível com relação a nós: Ele nos ama -Brennan Manning

Quem já ouviu uma mãe dizer “Quem meu filho beija, a minha boca adoça” essa máxima é uma verdade até mesmo no reino animal, e porque não seria também no âmbito espiritual?

A Bíblia diz que Deus amou o mundo e por ele deu o seu único filho, essa foi a maior expressão de amor que pode existir. Ainda hoje, para muitos, é algo difícil de entender com a mente ou razão, conseguimos discerni-la apenas pela fé e espiritualmente.

É fato que Deus amou o mundo “toda a sua criação” incluindo plantas, animais, rios, etc, porque a Bíblia declara enfaticamente que a criação aguarda com ansiedade a manifestação dos filhos de Deus. Mas o que impressiona é a dificuldade das pessoas de entenderem que esse texto fala de “PESSOAS”, porque é fato que plantas, animais, rios, não podem acreditar ou ter fé.

Leia: Porque Deus amou as “pessoas” de tal maneira, que deu seu filho unigênito para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna – João 3:16.

Na última ceia com seus discípulos Jesus declarou: Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei (..) nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.

A parábola do Bom Samaritano – Lucas 10: 22-37 - deixa clara a conduta de muitos religiosos que, acreditam que mantendo uma aparência de santidade através da observação de muitos mandamentos, estão amando e adorando a Deus, mas na verdade estão deixando de lado um ponto importantíssimo.

Durante toda a história os homens foram capazes das maiores atrocidades por causa do legalismo cego e da religião, e ainda hoje as pessoas se apegam a vários mandamentos do Antigo Testamento e ainda inventam vários outros, para manter sua aparente religiosidade e dizer que são discípulos de Jesus, quando apenas uma coisa importa: AMAR a Deus e ao próximo.

Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, não são dois mandamentos, são mandamentos complementares, um não existe sem o outro. Não posso dizer que amo a Deus se odeio meu irmão, pois o Apostolo João ainda declara que quem não ama, não conhece a Deus.

O Apostolo Paulo é enfático ao declarar que o mandamento é espiritual e nós carnais, e por esse motivo a lei que é boa se tornou morte para nós. Mas quando observamos o novo mandamento, o do AMOR, temos o próprio Deus dentro de nós, e assim cumprimos toda a lei, ele declara em Romanos 13:10 que: O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor.

Mas o que é amar?

O mesmo Paulo em sua carta aos cristãos de Corinto descreve que quem ama é: paciente, benigno, não arder em ciúme, não se vangloria, ou se ensoberbece, não se comporta de maneira inconveniente, não procurar apenas os próprios interesses, não é irritante, não guarda mágoas, não se alegra com a injustiça, tudo sofre, tudo crê e tudo suporta – 1 Coríntios 13.

Parece pouco, mas infelizmente preferimos guardar vários mandamentos penosos e que implicam em aparência exterior, do que amar, porque implica em SER, é mudança de essência e comportamento interior.

Foi este o exemplo dado a nós por Jesus Cristo, e por isso ele foi alvo da inveja dos principais religiosos de sua época, culminando em sua morte.

Enquanto a religiosidade discriminava e marginalizava, o amor de Jesus incluía. Enquanto o legalismo matava e envergonhava, a misericórdia de Jesus perdoava e dava novos motivos para viver.

Jesus não teve medo de amar quem quer que fosse, por isso ficou conhecido como “amigo de pecadores”, Ele estava beijando os filhos de Deus, e assim, adoçando à sua boca, e dizia: Só faço o que meu Pai me ordenou fazer.

Se o amor é o cumprimento da Lei, e o fim da Lei é Cristo, amar é ser imitador de Jesus, e ser seu discípulo, conseqüentemente é estar em obediência à vontade de Deus, que é a adoração perfeita.

Lembre o que Jesus disse: Se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no Reino de Deus – Mateus 5:20.

Não precisamos de mais legalistas, precisamos de mais AMANTES.

Pense nisso!