Pages

domingo, 29 de setembro de 2013

AMOR DE INDIO

Música lindíssima na voz de Maria Gadú, um tributo a vida vivida com amor, evangelho puro, simples e poético.


sábado, 28 de setembro de 2013

CICLO DA VIDA, UMA REFORMA PELA FELICIDADE

Estamos, todos nós fadados ao ciclo da vida: "nascer, crescer, reproduzir e morrer". 
Foi com base nisso que toda a historia humana foi escrita. Povos e nações, foram criadas, se desenvolveram e se estabeleceram, algumas delas duram até os dias de hoje. É o  poder da permanência através dos tempos, a tão sonhada eternidade.
 
Homens e Mulheres, carregam desde então, o peso de serem os perpetuadores da espécie, e não só isso, são os responsáveis por levarem para a posteridade o nome da família. E assim, leis morais, não escritas, mas transmitidas no seio da família, foram sendo criadas e a cada geração, solidificadas. O poder deve permanecer nas mãos de quem o detém!!
 
E para isso, algumas destas leis, criaram tabus como "não se casar, não ter filhos, ou ter filhos apenas do sexo feminino". e eram causa de vergonha familiar  e muito além disso, o que deveria ser um direito, uma escolha pessoal, carregando um peso de lei moral, colocava a margem social quem não se adequava, ou quem escolhia seguir outro rumo na sua breve vida.
 
O que não se levava em conta, até pela manutenção do poder, eram as várias questões que fazem uma pessoa decidir por viver só, as outras que interferem na procriação, foram sendo derrubadas a medida que a ciência medica avançava.
 
Porém, por qual motivo, mantemos ainda hoje, sob nossos ombros esta responsabilidade, e em nossa sociedade estes tabus?
 
Quem nunca ouviu num tom de reprovação: "vai ficar para titia heim?"; Ou ainda: "Esta na hora de ter filhos!"; E quando nasce uma menina: "E quando vem o machinho da família?"; Mesmo que de forma velada, em tom de brincadeira, ainda existe a cobrança, e muitos sofrem com comentários desagradáveis por serem solteiros, por terem mais de 30 e não serem casados, por serem casados e não terem filhos, por decidir não ter filhos e por qualquer inadequação aos padrões sociais.
 
O quanto devem estar cheio os consultórios terapeutas com pessoas que se sentem inadequadas pelos motivos citados, muitas delas depressivas ou com instintos suicidas. Basta uma conversa em um grupo de amigos, para perceber que o tema ainda incomoda e tira a felicidade de muitos.
 
Acredito que já passou a hora de reformularmos este ciclo da vida, tenho uma sugestão: "nasce, cresce, decide como viver feliz e morre".
 
O que não podemos mais aceitar é a infelicidade, que causa além da morte social, pela marginalidade, a morte física antes do tempo, devido a cobrança de uma adequação social que ao outro é impossível vivenciar.
 
Que as leis morais que nos regem sejam todas elas a favor do humano, baseadas no amor.
 
Pense nisso!

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

DOIS

Dois,
Palavra que se diz de boca cheia,
De tão completa possui eco.
Nunca está sozinha.
Já nasceu soma. É par.

Dois,
É sonho acompanhado.
Desejo saciado.
Vitória repartida.
É felicidade sem medida.

Dois,
Já disse a sabedoria de Deus é sempre melhor.
São dois que se fazem um.
É força, é calor, ajuda e sustento.
É unidade que vence qualquer tormento.

Dois,
Sou eu, é você
Cada um do seu jeito.
Somos nós.
Sem tentar ser perfeito.

Dois passos,
Um único caminho.

Dois corações.
O mesmo ritmo.

Dois bailando.
Uma só canção.

Dois anos, um amor.
Uma aliança por toda vida.



domingo, 15 de setembro de 2013

POR UMA TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

Quando você se propõe a ler um livro com um nome destes, é impossível não criar expectativas. Principalmente quando você já conhece o autor e sabe que o que te espera são pensamentos impressionantes que vão te fazer cambalear entre várias emoções.
 
É assim que Rubem Alves escreve seus textos, para que ao ler, percamos o fôlego.
 
E logo no prefácio chamado "Sobre Deuses e Caquis" ele te dá um banho de água fria, e diz: "Peço desculpas por ter escrito um livro assim tão chato (..) escrevi feio, sem riso ou poesia".
 
E em outro momento, orienta, a pular determinado capitulo, dizendo que "lá o caqui está verde, pega na boca, adstringente, e quem não foi treinado tem vontade de cuspir."
 
E faz do prefacio, a parte mais bela do livro, cita: Nietzsche, Emily Dickinson, Cecilia Meireles, Adélia Prado, Guimarães Rosa, Mozart, Chico Buarque entre outros, e assim, vai cativando o leitor, que esquece suas recomendações.
 
O livro se torna denso, uma linguagem pesada, que parece se repetir, e a vontade é realmente de desistir. É como virar mil  paginas e permanecer na mesma, até que de repente uma luz aparece e mesmo através de linguagem teológica, muitas vezes de difícil entendimento, Rubem Alves reaparece, com seu pensamento revolucionário para a época.
 
"Jesus aponta o mesmo problema [da Lei] ao indicar que o significado original dos mandamentos se colocava em favor do homem, mas que tal significado havia se perdido através de um processo de congelamento, que deles fez um poder anti-humano"
 
E assim, capitulo após capitulo, vai iluminando o caminho para devolver ao homem a sua humanidade e a possibilidade de resignificar a sua fé e a sua capacidade de transformar o mundo a sua volta, libertando-se das cadeias de uma religiosidade fria e de um sistema político-social que visam mantê-lo.escravo, mas com aparência de liberdade.
 
Recomendo a degustação com paciência.
 

domingo, 1 de setembro de 2013

COMPORTAMENTO HOMOSSEXUAL: CONFISSÃO

Eu não me descobri, acho que isso aconteceu e não tem explicação. De repente percebi que gostava daquele menino da 4ª série do ginásio. Sim! O primeiro garoto de quem gostei.
 
Há uma época da infância, e se há comprovação cientifica disso, não sei, em que toda criança, entre os 5 e 9 anos, cria uma repulsa pelo sexo oposto. Os meninos são chatos porque só querem bola e as meninas chatas porque só querem bonecas. Parece que eles não se entendem e, por isso, mantém distancia, mas com o tempo isso passa.
 
Nunca me importei com esta questão, brincadeiras de meninos, e brincadeiras de meninas, o que eu queria era brincar, pois isso é ser criança. Também não me importava com a cor das minhas roupas, se azul, amarelo ou rosa, elas ficariam sujas de terra de toda forma.
Sim, eu era uma criança com todas as letras,
 
Naquela época eu não tinha nem ideia do que era ser hetero ou homossexual.
Por isso acredito que ninguém se descobre, nascemos com o incrível dom de amar, amar de várias maneiras e intensidade e ponto final.
 
E assim descobri que gostava de homens, só não sei exatamente quando aconteceu.
E também não sei exatamente o que eu gosto neles.
 
Um homem ideal, precisa ser capaz de conversar comigo por mais de cinco minutos sem que eu perca o interesse. Também não há nada especifico que me excite, acho que cada um tem sua particularidade, e por isso despertam em nós, sensações e prazeres diferentes.
 
Tem gente que curte olhar a bunda,  mas é inegável que sempre olhamos também o volume da frente. As mãos também chamam a atenção, sem falar nas pernas, costas, barba, o olhar expressivo e os cabelos.
 
Sim! Confesso, gosto de homens.
___________________________________________________________________________

Se você ficou confuso se o autor do texto é homo ou heterossexual, isto significa que o comportamento sexual se manifesta de igual maneira em todo mundo, isto é, naturalmente.
 
Ele acontece assim, de repente e não tem explicação lógica, não é aprendido, nem imposto, faz parte do curso natural da vida. Em dado momento você olha para alguém e seu corpo reage com sensações nunca antes sentidas: calor, suor nas mãos, tremedeira, palavras que faltam, euforia, etc. E como todo mundo, simplesmente aceitamos esta realidade.
 
Estamos apaixonados e queremos viver isto intensamente!!
Não há certo ou errado, há apenas o humano.
 
Obrigado Caroline Amorim, por responder as questões malucas deste seu amigo, o que possibilitou a criação deste texto. Se ainda há duvidas, Caroline é Heterossexual assumida.